Entre os Big Five, a Liga italiana foi a única a dar lucro neste Inverno

A Premier League equilibrou as contas face a anos anteriores, enquanto a França comandou nos gastos.

Foto
A transferência de Manolo Gabbiadini, do Nápoles para o Southampton, foi um dos grandes negócios em Itália neste Inverno Reuters/CIRO DE LUCA

A Liga francesa deu cartas em matéria de investimento, a Premier League destacou-se no total de transferências que protagonizou e a Série A foi a única competição, do rol dos tradicionais Big Five (o conjunto dos campeonatos mais fortes da Europa), que deu lucro. É este o retrato do mercado de Inverno de 2017, uma janela marcada essencialmente por contratações feitas a custo zero.

O relatório divulgado nesta sexta-feira pela FIFA evidencia uma tendência positiva em Itália. Tal como no ano anterior (5,7 milhões de euros de saldo), a Série A voltou a gerar lucros neste segundo período de transferências da temporada: com 34,3 milhões de euros investidos em aquisições e 45,8 milhões de receitas, fechou o mês de Janeiro com 11,5 milhões em caixa. Neste quadro, destacam-se as transferências do ponta-de-lança Leonardo Pavoletti (18 milhões), que saiu do Génova para o Nápoles para colmatar a venda de Manolo Gabbiadini ao Southampton (17 milhões).

Foto

Ainda assim, estes valores ficam longe do total desembolsado pelo PSG, o grande dinamizador da Liga francesa e do mercado europeu neste período. Com as compras de Julian Draxler (40 milhões) e de Gonçalo Guedes (30), o clube parisiense ajudou a Ligue 1 a chegar aos 177 milhões em gastos, tornando-se na mais audaz em matéria de investimento (a seguir surge a Premier League, com 159,5).

A Premier League, justamente, que atingiu neste mercado um equilíbrio financeiro que não se via pelo menos há cinco anos. Baixou um pouco o investimento face a 2016, na ordem dos 29 milhões, e registou um crescimento muito significativo nas receitas com vendas de passes: de 43,5 passou para 157,7 milhões de euros, muito graças ao contributo milionário dos chineses do Shanghai SIPG, que pagaram ao Chelsea 60 milhões por Oscar. Foi, de resto, o maior negócio deste Inverno.

Em termos de movimentações, Inglaterra mostrou o dinamismo habitual, fechando este ciclo com 146 contratações e 151 vendas, o maior volume de transacções registado nos últimos cinco anos e muito distante dos números das restantes quatro Ligas (ver imagem ao lado). Em Espanha, a tendência desde 2013 também tem sido de subida, com a Liga Santander a assegurar 127 novos jogadores no mês passado, mais seis do que em 2016 e mais 54 do que há cinco anos.

Num olhar mais global, entre 1 e 31 de Janeiro de 2017 foram contabilizadas 3085 transferências em todo o mundo, envolvendo 161 das 211 federações que fazem parte da FIFA. Deste total, 62,6% foram operações a custo zero, com os jogadores já livres de contrato, 16,1% foram cedências, 11,4% transferências definitivas e 9,9 regressos de empréstimos. O investimento global atingiu os 804,8 milhões de euros.

Sugerir correcção
Comentar