"Dragões" e uma visita de risco à Choupana

Últimas épocas mostram que tudo pode acontecer. Baixas em ambas as equipas mas Nacional com mais razões para se lamentar.

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André Silva bisou frente ao Boavista na jornada passada AFP/FRANCISCO LEONG

O FC Porto tem, este sábado, um jogo muito importante na Choupana. Importante porque se segue a uma derrota, para a Liga dos Campeões, em Leicester, e porque os "dragões" já perderam cinco pontos em seis jornadas no campeonato e não se podem dar ao luxo de perder mais.

Nuno Espírito Santo não conta com Jesús Corona, que contraiu uma distensão no adutor da coxa esquerda no último treino antes do jogo, e com Adrián López, que vinha sendo aposta e desta vez ficou fora dos convocados, aparentemente por opção. Bem pior está Manuel Machado, que, no total, não pode contar com seis jogadores: Bolat, Víctor García e Tiago Rodrigues não vão a jogo por estarem emprestados pelo FC Porto, enquanto Willyan, Nuno Campos e Cadiz “não estão fisicamente aptos”.

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O FC Porto domina claramente o histórico de confrontos com o Nacional, na Choupana. Em 21 partidas ali realizadas, os “dragões” venceram 15, empataram três e só perderam três. No entanto, aquilo que as últimas épocas mostram é que tudo pode acontecer. Nas últimas três temporadas verificaram-se os três resultados possíveis: em 2013/14 a equipa da casa venceu por 2-1, em 2014/15 registou-se um empate a um golo e em 2015/16, o FC Porto venceu por 2-1.

“É uma deslocação tradicionalmente difícil. A Choupana é sempre um campo difícil para o FC Porto, temos essa consciência. Sabemos da responsabilidade que temos, sabemos que temos de ganhar o jogo”, disse o técnico portista na antevisão, afirmando mesmo que, “ao contrário do que tem sido dito, a equipa tem estado consistente”. O técnico dos "azuis e brancos" falou também sobre a questão do clube não ganhar nada há três anos e reconhece que a situação “não pode continuar assim”: “Nós todos temos de estar conscientes da grandeza do FC Porto. O FC Porto tem de ganhar sempre. Temos que viver com essa pressão de ganhar, de melhorar e de ultrapassar limites”.

Após a derrota para a Champions, Iván Marcano considerou necessário “dar um murro na mesa” já contra o Nacional. Manuel Machado ouviu mas não ficou muito preocupado. “Dão os murros na mesa que entenderem e tratarão os ferimentos como entenderem. O enfoque da minha parte está no meu clube, nos meus jogadores e naquilo que a minha equipa será capaz de fazer num jogo que tem um grau de dificuldade muito elevado”, disse, lembrando os “dragões” quererão vencer na Choupana para começarem a inverter um ciclo menos positivo: “Cabe-nos fazer com que isso venha a acontecer mais para a frente, com outro adversário que não nós”.

Sem Adrián, nem Corona, a partida poderá marcar o regresso à titularidade de Yacine Brahimi, 13 dias depois de ter jogado de início no “nulo” do FC Porto em Tondela.

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