Dois americanos passaram 18m no triplo salto

O português Nelson Évora deve ficar de sobreaviso com os resultados de Christian Taylor e Will Claye.

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Christian Taylor Reuters/DYLAN MARTINEZ

No terceiro meeting da Liga Diamante do atletismo na presente temporada, realizado em Eugene, sexta-feira, o maior destaque foi para o triplo salto masculino, portanto algo que chamará a atenção a Nelson Évora. Os dois americanos que ficaram nos lugares mais altos do pódio nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, Christian Taylor e Will Claye, dominaram, o que por si não provocaria qualquer surpresa, mas a novidade principal foi que ambos passaram os 18 metros.

Christian Taylor, detentor da segunda marca de sempre com 18,21m, chegou a 18,11m ao quarto salto e essa marca, que é de resto a melhor de 2017, resistiria na frente até final, mas a resposta de Will Claye foi fortíssima. Depois de ter chegado a 17,82m, um novo máximo pessoal - que superou em seis centímetros a que havia estabelecido na final olímpica de 2016 - também no quarto salto da sua série, na tentativa seguinte, aterrou a 18,05m. Porém, o vento soprava acima do limite para a homologação desse resultado, e assim Claye não se tornou ainda o sexto a atingir oficialmente a mágica barreira dos 18 metros.

Como sempre, num estádio talismã do atletismo americano, o meeting teve um nível excepcional e foram obtidas várias melhores marcas para 2017. A outra mais vistosa ocorreu nos 200m femininos, onde a americana Tori Bowie se impôs com o recorde pessoal de 21,77s a Shaunae Miller, que bateu o recorde das Bahamas com 21,91s, à jamaicana a Elaine Thompson (21,98s), campeã olímpica da distância, e à holandesa Dafne Shippers (22,30s).

Nos 3000m obstáculos a júnior queniana Celliphine Chespol impôs-se com 8m58,78s, novo recorde mundial para a sua faixa etária, e passou a segunda nas listas de todos os tempos, a seis segundos exactos da recordista mundial Ruth Jebet, a quem voltou a vence. Ashley Spencer (EUA) fez 53,38s nos 400m barreiras e no comprimento a também americana Brittney Reese tornou-se a primeira da temporada ao ar livre a passar 7m, com 7,01m.

Menos vistosa foiu a marca da etíope Genzebe Dibaba nos 3000m, com 8m39,21s, mas não deixou de ser a melhor da temporada. Dibaba havia ganhado na véspera os 5000m, com 14m25,22s

Nos homens, a outra melhor marca de 2017, para além da do triplo, foi obtida pelo britâncio Mo Farah nos 5000m, com 13m00,70s. O vento, uma vez mais, impediu a homologação dos tempos nos 100m, ganhos pelo americano Ronnie Baker em 9,86s à frente do chinês Su Bingtian (9,92s), privando este de um grande recorde nacional.

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