O presidente da Real Federação Espanhola de Futebol, Ángel Maria Villar, e o seu filho Gorka foram detidos esta terça-feira no âmbito de uma operação anticorrupção desencadeada em Madrid e liderada pela Unidade Central de Operações (UCO) da Guarda Civil espanhola.

Os dois indivíduos são suspeitos de corrupção, falsificação de documentos e desvio de fundos, avançam os jornais espanhóis El Mundo e El País. Existem ainda suspeitas em relação a acordos com dirigentes locais para garantir a continuidade do cargo.

Villar é presidente da Federação Espanhola de Futebol há cerca de 29 anos, cargo que renovou no passado mês de Maio, declarando que seria o seu último mandato.

A operação anticorrupção, que envolve vários membros do organismo, está a ser supervisionada pelo juiz Santiago Pedraz, e tem como objectivo desvendar supostos casos de corrupção relacionados com desvios de dinheiro alegadamente feitos por Ángel María Villar e o seu filho.

De acordo com o espanhol El Mundo, neste momento, os funcionários da Federação Espanhola estão nas instalações da Cidade do Futebol, em Madrid, sem poder aceder aos seus postos de trabalho ou utilizar os computadores. 

Fontes citadas pelo El Confidencial avançam ainda a detenção do vice-presidente da federação para os assuntos económicos, Juan Padrón. Há relatos de que existem outras dezenas de responsáveis desportivos detidos.

Os suspeitos estavam sob escuta telefónica há pelo menos três meses, escreve o El País.