Ronaldo pagou 258 mil euros para abafar queixa por violação? “Uma peça de ficção jornalística”

A violação terá acontecido em 2009 e o acordo para que a mulher mantivesse o silêncio assinado em 2010, segundo documentos citados pela revista alemã Der Spiegel. A notícia foi desmentida pela Gestifute, que considera a acusação "nojenta".

Foto
O caso remonta a 2009, a período de férias de Ronaldo nos EUA Eric Gaillard/Reuters

O português Cristiano Ronaldo terá aceitado pagar 375 mil dólares em 2010 (o que correspondia então a cerca de 258 mil euros) a uma mulher que o acusava de violação, segundo a revista alemã Der Spiegel. O acordo pressupunha o silêncio da alegada vítima sobre a suposta violação — que, segundo a mulher, aconteceu em Junho de 2009 num hotel em Las Vegas, nos EUA. A notícia foi publicada esta sexta-feira e tem como base informação cedida pela plataforma Football Leaks. A acusação foi desmentida em comunicado pela Gestifute, referindo que a notícia se trata de “uma peça de ficção jornalística”.

De acordo com os documentos citados pela revista alemã, o acordo extrajudicial foi definido sete meses depois dos acontecimentos, a 12 de Janeiro de 2010. Carlos Osório de Castro, o advogado responsável pelos assuntos judiciais de Cristiano Ronaldo, assinou o acordo em nome do futebolista. Com a existência deste acordo, a mulher aceitava retirar as queixas contra o jogador português — e ainda detalhar as agressões de que acusava Ronaldo numa carta que a ser entregue ao advogado, que a faria chegar ao futebolista.

O acordo de ambas as partes pressupunha ainda que a mulher – na casa dos vinte anos – teria de fornecer o nome de todas as pessoas que sabiam da violação e de provar que tinha destruído qualquer prova “electrónica, escrita ou de qualquer outro tipo” do que tinha acontecido.

No dia da alegada violação, a mulher havia ligado para a polícia de Las Vegas para denunciar a situação. Apesar de não referir o nome de Cristiano Ronaldo durante a chamada telefónica, dizia que o autor da violação era um “atleta”, uma “figura pública”.

Acusação é “nojenta e ultrajante”

Conforme indicado pelo advogado Carlos Osório de Castro, foi divulgado um comunicado durante a tarde desta sexta-feira no site da Gestifute – empresa de Jorge Mendes que representa Cristiano Ronaldo – que diz que a notícia da Der Spiegel é “falsa” e uma “peça de ficção jornalística”.

No comunicado, é referido que “a imputação de uma violação é uma acusação nojenta e ultrajante que não pode ficar em claro”, pelo que o futebolista agirá contra a revista alemã. 

Também o advogado alemão de Cristiano Ronaldo, Johannes Kreile, respondeu à revista Der Spiegel desmentindo “nos mais fortes termos” a “acusação que a pergunta sugere”. Kreile prometeu “acção contra qualquer alegação falsa assim como qualquer violação dos direitos de personalidade” do jogador.

Sugerir correcção
Ler 7 comentários