De Rossi salva Buffon e estraga "vingança" de Espanha

Falha do guarda-redes italiano ia dando vitória histórica à selecção de Lopetegui. Islândia operou reviravolta de última hora frente à Finlândia.

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De Rossi no momento do penálti MARCO BERTORELLO/AFP

A Espanha esteve, esta quinta-feira, em Turim, muito perto de consumar uma saborosa vingança sobre a Itália, depois da eliminação nos oitavos-de-final do Europeu de França. A selecção orientada por Julen Lopetegui acabou por não resistir à intensificação do assédio dos italianos, que chegaram à igualdade a oito minutos dos 90 (1-1), com um golo de penálti de De Rossi a evitar uma derrota histórica na segunda jornada de qualificação para o Campeonato do Mundo de 2018.

A Itália voltava a defrontar a Espanha depois do recente duelo no França 2016, jogo que acabou por ditar o afastamento dos então campeões em título, colocando fim a um ciclo brilhante de conquistas para a Roja. Em discussão estava não só o comando do Grupo G, mas toda uma relação de forças que duas das mais tituladas selecções mundiais mantêm ao longo das últimas décadas.

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Apesar de os transalpinos beneficiarem da vantagem na qualidade de anfitriões, foi a Espanha comandada por Julen Lopetegui a assumir o jogo desde o primeiro instante, esmagando em termos de posse de bola, sem permitir que a Itália sequer importunasse a baliza de De Gea.

Inspirados, David Silva e Iniesta condicionaram todo o jogo de uma selecção que se orgulhava do registo de dez anos sem perder com os espanhóis em jogos de qualificação para Mundiais e Europeus.

Mas um erro de Buffon, que estranhou o facto de não encontrar Casillas do outro lado, quase deitava tudo a perder. O mito da baliza da squadra azzurra dividiu uma bola com Vitolo, no limite da grande área, falhando o alívio e permitindo que o jogador do Sevilha se isolasse… com a baliza escancarada (55').

Ferida no orgulho, a Itália carregou e acabou por conquistar uma grande penalidade que De Rossi converteu, aos 82'. Com este desfecho, Itália e Espanha cederam o comando isolado à Albânia, que venceu, por 2-0, no Liechtenstein.

A segunda jornada de qualificação para a fase final do Campeonato do Mundo ofereceu, ainda, diversos confrontos em que estiveram em plano de destaque quatro dos sete adversários de Portugal na recente caminhada até ao título de campeão europeu em França.

Em Viena, defrontaram-se duas selecções que os comandados de Fernando Santos deixaram para trás: os austríacos, que foram os segundos adversários de Portugal no Europeu (0-0), defrontaram o País de Gales de Gareth Bale, semifinalista eliminado (2-0) pela equipa das "quinas". A selecção da casa recuperou duas vezes de uma desvantagem, acabando (2-2) a evitar o pior cenário com um "bis" de Marko Arnautovic.

Outra agradável surpresa do Euro, a Islândia, recebeu a Finlândia em Reiquejavique. Os vikings que surpreenderam Portugal com um empate (1-1) no primeiro jogo do torneio e que só foram parados pela finalista vencida França (5-2) alcançaram uma vitória reveladora da capacidade de acreditar até ao último segundo, recuperando de uma desvantagem de 1-2 nos últimos seis minutos, com os golos decisivos aos 90' e 90+6'.

Também a Croácia, outra selecção – por muitos tida como uma das que melhor futebol produziu no último Europeu – que viu os propósitos contraditados por Cristiano Ronaldo e companhia, esteve em acção, tendo obtido uma vitória robusta no Kosovo, com Mario Mandzukic a assinar um hat-trick na primeira parte, deixando ao critério dos companheiros o fecho das contas com rotundo 6-0.

Ainda no Grupo I, que partiu para esta segunda jornada completamente empatado (todas as equipas somavam um ponto, um golo marcado e um golo sofrido), a Turquia sofreu às mãos da Ucrânia, mas evitou a derrota depois de ter estado a perder por 2-0 (2-2).

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