Cuevas mais objectivo que Sousa em Monte Carlo

Número um português foi eliminado na segunda ronda, com um duplo 6-3. Djokovic sofreu para eliminar Gilles Simon.

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LUSA/SEBASTIEN NOGIER

João Sousa realizou mais uma boa exibição no Monte-Carlo Rolex Masters, mas não foi o único a fazê-lo naquele Court des Princes. Pablo Cuevas confirmou a boa forma que já o levou a conquistar um título este ano em terra batida e foi um bocadinho superior ao português em praticamente todos os capítulos do jogo, para vencer em dois sets: foi mais consistente, mais agressivo e objectivo; uma superioridade mais notória nos pontos mais longos (mais de cinco pancadas), em que venceu 40 e perdeu 17.

“Não foi um bom dia. Ele jogou muito bem, tem vindo a jogar com muita confiança. As condições, um bocadinho mais lentas que na primeira ronda, provavelmente favoreceram-no. Ele esteve muito acutilante, muito agressivo e eu não consegui impor o estilo de jogo de que gosto. No segundo set, tive algumas oportunidades de ficar por cima, com alguns break-points que caíram para o lado dele, mas não estou triste com a minha exibição”, resumiu Sousa (36.º), após ser eliminado por Cuevas (27.º) com um duplo 6-3, em 1h21m.

Depois de um set inicial em que o uruguaio de 31 anos não cedeu uma oportunidade para perder o serviço, Sousa foi o primeiro a dispor de break-points na segunda partida e por duas vezes, sem sucesso.

O vimaranense teve ponto para 4-3, mas duas duplas-faltas (as únicas em todo o encontro) complicaram o objectivo e o experiente uruguaio aproveitou para assinar o único break da partida, que confirmou com um jogo em branco, antes de fechar no serviço adversário.

Nesta terça-feira foi dia de estreia para Novak Djokovic (2.º), que viu o seu adversário, Gilles Simon (32.º), servir a 5-4 no set decisivo. Apesar de residir no Mónaco, o sérvio não quis voltar para casa e acabou por impor-se no seu primeiro encontro da época em terra batida ao fim de 2h30m: 6-3, 3-6 e 7-5. Recorde-se que na última vez que estes dois jogadores se defrontaram, no Open da Austrália de 2016, Simon obrigou Djokovic a disputar cinco sets em 4h30m. “Já passei a idade das derrotas encorajantes. Há uma sensação de déjà vu”, disse Simon, que só ganhou o primeiro dos 12 duelos travados com o ex-número um, em 2008.

Maior recuperação foi a de David Goffin (13.º) que reagiu a 1-5 para derrotar Nicolás Almagro (57.º), por 7-5, 6-1. Destaque igualmente para Tommy Haas que, aos 39 anos, voltou a ganhar um encontro em Monte Carlo depois de 13 anos de jejum, ao bater Benoît Paire (40.º): 6-2, 6-3.

Andy Murray, Stan Wawrinka e Rafael Nadal estreiam-se na quarta-feira diante de, respectivamente, Gilles Muller (28.º), Jiri Vesely (54.º) e Kyle Edmund (45.º).

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