COI não vai investigar suspeitas de subornos na candidatura Tóquio2020

Organismo sublinha que o caso já está a ser duplamente investigado por outras instâncias.

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Fabrice Coffrini/AFP

O Comité Olímpico Internacional (COI) considera graves as suspeitas de subornos na atribuição dos Jogos Olímpicos 2020 a Tóquio, mas não tenciona abrir uma investigação ao assunto, que já está a ser alvo de dois processos.

"O COI considera muito sérias as acusações", afirmou John Coates, vice-presidente do organismo, mostrando-se satisfeito com o facto de as suspeitas estarem a ser alvo de duas investigações.

Na base das suspeitas, está um depósito de 1,8 milhões de euros, feito pelo comité da candidatura Tóquio2020 numa conta da empresa Black Tidings, à qual está ligado Papa Massata Diack, filho de Lamine Diack, antigo presidente da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF).

Segundo o jornal britânico The Guardian, a empresa, com sede em Singapura, terá ligações ao Comité Olímpico Internacional (COI).

O caso está a ser investigado pela justiça francesa desde o início de Março e, mais recentemente, o Comité Olímpico do Japão (COJ) anunciou a criação de uma comissão de inquérito para analisar eventuais irregularidades em pagamentos suspeitos de terem beneficiado a candidatura nipónica aos Jogos Olímpicos de 2020.

"Estamos muito satisfeitos por o caso estar a ser alvo de duas investigações" disse Coates, acrescentando: "Decidimos não fazer uma investigação paralela".

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