Bruno de Carvalho afirma que o futebol tem de separar adeptos de criminosos

O presidente "leonino" reconhece os excessos cometidos pelos adeptos do clube, recordando o trabalho preventivo que têm feito contra o uso de engenhos pirotécnicos.

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LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS

O presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, alertou esta quinta-feira para a necessidade de se separar criminosos dos adeptos de futebol, assegurando que o clube tem lutado para afastar a violência.

"O futebol é um mundo de paixões e rivalidades, mas temos que saber separar os criminosos de adeptos. O papel do Estado é importante e temos tido reuniões constantes com a polícia e com os grupos organizados. Todas as nossas claques são legalizadas", começou por afirmar no decorrer do terceiro congresso The Future of Football, no Estádio José Alvalade, em Lisboa, que termina esta quinta-feira.

O presidente da equipa "leonina" lembrou que o Sporting tem "várias campanhas a decorrer contra a pirotecnica e tem feito um trabalho muito preventivo", admitindo que também adeptos do Sporting possam ter "cometido os seus excessos".

Bruno de Carvalho recordou que o clube "tem adeptos que não podem entrar no estádio", salientando que há "linhas" que não podem ser ultrapassadas entre dirigentes. "Nós [Sporting] já temos vários adeptos que não podem entrar no Estádio de Alvalade. Um presidente dizer que sou aldrabão ou que não gosto daquela cor faz parte do mundo do futebol. O que não faz parte é atravessarmos as linhas da morte e nós dirigentes não podemos ultrapassá-las", explicou.

Para o líder do Sporting, "o mundo da sociedade tem duas palas e ausência de visão periférica", lamentando que os "ódios levem à violência".

Bruno de Carvalho defende ainda que "as intervenções dos presidentes servem para tirar algum drama e 'pressão da panela', reiterando ainda a necessidade de "recolocar valores e princípios" no mundo do futebol.

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