Um derby para colocar à prova a resiliência do FC Porto

Derrotados a meio da semana pela Juventus e pressionados pela vitória do Benfica, os “dragões” têm um teste exigente no Bessa.

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Reuters/Rafael Marchante

Quatro dias depois de sofrer a primeira derrota da época no Estádio do Dragão, o FC Porto terá uma curta, mas previsivelmente dura, deslocação ao Estádio do Bessa. Com um pé e meio fora da Liga dos Campeões, após o desaire contra a Juventus (0-2), e pressionado pelo triunfo do Benfica na sexta-feira, os portistas vão ter pela frente, no derby portuense, um Boavista que se tem mostrado, sob o comando de Miguel Leal, uma das equipas mais fiáveis deste campeonato. Do lado dos “azuis-e-brancos”, Herrera (lesionado) e Felipe (castigado) são baixas confirmadas, enquanto os “axadrezados” vão estar privados do capitão Idris, um dos principais responsáveis pela solidez defensiva apresentada esta época pelos boavisteiros.

Nos últimos cinco confrontos, o principal derby portuense foi sempre favorável ao FC Porto, mas Nuno Espírito Santo terá esta noite, no Bessa, um teste à resiliência da sua equipa. Após um desgastante duelo com a Juventus e a quatro pontos do Benfica, que já cumpriu a sua missão na 23.ª jornada da Liga, os “dragões” vão entrar pressionados e o treinador portista terá um problema complicado para resolver. Sem Felipe, Boly deverá ser o escolhido para formar a dupla de centrais com Marcano, mas o defesa francês, contratado em Janeiro ao Sp. Braga, não é utilizado desde 3 de Janeiro e o saldo dos quatro jogos em que alinhou pelo FC Porto não é animador para Nuno Espírito Santo: uma vitória, dois empates e uma derrota.

Para além da ausência de Felipe, os “dragões” também não terão Herrera disponível, mas o lado direito do ataque do FC Porto deverá continuar entregue a um mexicano: Corona deverá regressar à titularidade.

Com a permanência praticamente garantida, o Boavista vai apresentar-se moralizado. Com apenas uma derrota nas últimas nove jornadas, a equipa de Miguel Leal tem-se mostrado mais confortável nos encontros em que entrega o controlo do jogo ao adversário, procurando depois explorar a velocidade e técnica de Iuri Medeiros e Renato Santos para contra-atacar de forma letal.

A habitual estratégia de Miguel Leal estará, no entanto, condicionada pela ausência de Idris. O médio senegalês assume no Boavista um papel fulcral na fiabilidade defensiva da equipa, à semelhança de Danilo no FC Porto, mas foi expulso na vitória “axadrezada” na última jornada em Santa Maria da Feira. 

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