Boa vitória de Michelle Brito foi insuficiente

Portugal luta pela permanência no Grupo I da Fed Cup.

Foto
Michelle Brito ainda venceu, mas Portugal voltou a perder PEDRO CUNHA / PUBLICO

Tinha razão Neuza Silva quando, na véspera, afirmou que tinha sido importante começar a disputar o Grupo I da Zona Europa/África da Fed Cup frente à melhor selecção, a Grã-Bretanha. Tal como previra, a capitã da selecção portuguesa viu o nível das suas jogadoras subir bastante e foi por muito pouco que não derrotou a Turquia na segunda jornada da poule C, que está a decorrer em Talin (Estónia).

Depois de Ipek Soylu (163.ª mundial) derrotar Inês Murta (546.ª), por 5-7, 6-1 e 6-1, Michelle Brito (246.ª) obteve a sua primeira vitória diante de uma "top-100" em ano e meio, ao vencer Cagla Buyukakcay (86.ª), por 6-1, 3-6 e 6-4, em quase duas horas de jogo. Mas no par decisivo, a Turquia recorreu às suas melhores jogadoras e Buyukakcay e Soylu recuperaram de 0-2 no terceiro set para ganharem a Michelle Brito/Francisca Jorge, por 6-7 (3/7), 6-3 e 6-2.

“A jornada de hoje com a Turquia avizinhava-se difícil. Apesar do resultado final a selecção teve uma representação acima da primeira jornada, com Michelle Brito em crescendo, muito motivada e a fazer um primeiro set irrepreensível, digno de uma 'top-50'. A Inês Murta apresentou-se bastante bem no primeiro set, mas ainda não consegue manter o nível durante todo o encontro, acusando o elevado ritmo competitivo da adversária. Para o desempate, optei por uma nova formação, permitindo uma estreia nesta competição a Francisca Jorge, escolha que se mostrou acertada, dado o nível a que a atleta de 16 anos conseguiu exibir-se. Não acusou a pressão e em vários momentos foi decisiva para conquistar o primeiro set. O cansaço de seis sets consecutivos da Michelle acabou por ter alguma influência na performance final das atletas lusas”, justificou Neuza Silva.

Nesta sexta-feira, Portugal decide com a Letónia quem irá defrontar a Bósnia-Herzegovina no play-off de manutenção no Grupo I. A equipa letã tem em Jelena Ostapenko (35.ª) a sua líder incontestável e em Diana Marcinkevica (307.ª), o elo mais fraco.

Sugerir correcção
Comentar