Carrillo e Jiménez acabaram com a turbulência no Funchal

Peruano estreou-se a marcar na Madeira com a camisola "encarnada", três minutos depois de ter substituído Pizzi.

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Carrillo entrou aos 66' e três minutos depois marcou o golo do triunfo do Benfica RUI SILVA/AFP

A deslocação do Benfica à Madeira teve alguns momentos de muita turbulência, mas, apesar de um ligeiro susto, as “águias” somaram no Funchal, de forma justa, a segunda vitória no campeonato. Com Jonas de regresso, os “encarnados” colocaram-se cedo em vantagem, mas deixaram-se empatar na segunda parte e apenas garantiram o triunfo, por 3-1, nos últimos 20 minutos, com golos de André Carrillo e Raúl Jiménez.

Quando, a 11 de Agosto, Jonas foi operado a uma fractura no tornozelo, as primeiras previsões indicavam que, se tudo corresse dentro da normalidade, o melhor marcador do último campeonato regressaria aos relvados no fim-de-semana de 11 de Setembro, quando o Benfica se deslocar a Arouca. No entanto, na antevisão da partida frente ao Nacional, Rui Vitória deixou a primeira surpresa: Jonas ia ser convocado para a deslocação ao Funchal.

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Neste sábado, poucos minutos antes do início do frente a frente entre nacionalistas e benfiquistas, chegou a segunda novidade guardada pelo treinador do Benfica: Mitroglou ficava no banco, Jonas e Jiménez formavam a dupla de ataque. A aposta de Vitória não deixou de ser surpreendente. Enquanto Jonas esteve indisponível, Jiménez nunca foi titular e só foi utilizado 33 minutos contra o V. Setúbal, deixando Mitroglou desapoiado no ataque.

Com várias baixas de peso (Cádiz, Sequeira, Rui Correia e César), o Nacional, tal como tinha acontecido na semana passada em Arouca, voltou a deixar uma imagem de alguma debilidade. Com uma dupla no meio campo formatada para destruir (Jota e Washington) e com Tiago Rodrigues em noite desinspirada, ofensivamente o Nacional esteve quase sempre dependente da irreverência de Salvador Agra e o golo sofrido cedo não ajudou a equipa de Manuel Machado.

Apesar de ter pertencido ao Nacional a primeira oportunidade — em noite muito insegura, Júlio César defendeu com dificuldade um remate de Washington —, Jonas deixou um primeiro aviso aos 6’ (remate ligeiramente ao lado), mas cerca de 10 minutos mais tarde, o Benfica marcou: na cobrança de um livre, Pizzi colocou em arco na área, Rui Silva falhou por completo a saída da baliza e a bola acabou por tabelar em Aly Ghazal e entrar.

O golo (feliz) benfiquista manteve tudo na mesma. Apesar de estar em desvantagem, o Nacional não conseguia ter posse de bola e apenas chegava à baliza de Júlio César com remates de longe de Agra (32’), enquanto o Benfica mostrava pouca pontaria na hora do remate: após uma excelente jogada das “águias”, Grimaldo acertou nas malhas laterais dos nacionalistas.

O início da segunda parte foi diferente e o Nacional conseguiu, nos primeiros cinco minutos, instalar-se no meio-campo do adversário, mas era Rui Silva que continuava a sentir os maiores calafrios e, entre os minutos 53 e 55, Salvio, Jiménez e Jonas tiveram nos pés o segundo golo. O jogo parecia novamente controlado por parte do Benfica e o Nacional sem capacidade para reentrar na discussão do resultado, mas Salvador Agra ainda não tinha atirado a toalha ao chão: aos 63’, o avançado formado no Varzim rematou de longe, Júlio César não segurou e a defesa benfiquista foi obrigada a cortar para canto. Na sequência da jogada, Agra colocou na área e Tobias Figueiredo, ao primeiro poste, desviou de cabeça para o fundo da baliza. Com um “golo Olímpico”, o Nacional deixava o Benfica em maus lençóis.

Com a perspectiva de um segundo empate consecutivo, Rui Vitória retirou os protagonistas da primeira vitória (Horta e Pizzi) e, numa aposta de risco, colocou em campo dois jogadores com pouca rodagem: Carrillo e Celis. O tiro do técnico ribatejano revelou-se certeiro. Aos 70’, seis minutos depois do empate, Salvio desequilibrou na direita e assistiu Carrillo, que teve a frieza necessária para dominar a bola e esperar pelo momento certo para rematar para o fundo da baliza de Rui Silva.

Manuel Machado ainda tentou reagir lançando dois avançados (Bonilla e Hamzaoui), mas pouco depois Aly Ghazal teve que abandonar a partida devido a lesão. Reduzido a dez, o Nacional deu-se por vencido e seria o Benfica, já no período de descontos, a voltar a marcar, depois de Jiménez aproveitar um erro de Washington para ficar isolado e bater Rui Silva pela terceira vez, garantindo a vitória benfiquista.

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