Benfica voltou a deixar fugir a Taça Eusébio

A equipa “encarnada” esteve a ganhar mas consentiu o empate. O troféu foi para o Torino, que venceu na marca de grande penalidade.

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O jogo entre Benfica e Torino foi equilibrado Patrícia de Melo Moreira/AFP

Já lá vão quatro anos desde a última vez que o Benfica conquistou a Taça Eusébio. Este ano, no primeiro jogo da época na Luz, um Benfica longe do seu melhor voltou a deixar fugir o troféu, frente a um agradável Torino, que venceu nos penáltis por 6-5, depois de um empate a um golo no final dos 90 minutos. Muita vontade “encarnada” no início do jogo. O primeiro aviso saiu da cabeça de Fejsa aos seis minutos e, aos 11’, as "águias" marcaram mesmo, num autogolo de Vives após erro caricato do guarda-redes Gomis.

Os adeptos festejaram o primeiro golo da época na Luz. Muitos foram ao estádio para ver os reforços. André Horta e Cervi jogaram de início. O médio português procurou ter a bola e organizar o jogo “encarnado” mas nem sempre foi bem-sucedido. Ainda assim, revelou velocidade de pensamento e tentou aparecer junto à área contrária. Quanto ao argentino, sofreu várias faltas e destacou-se a ajudar a fechar o flanco esquerdo e na marcação de livres. Alguns bons pormenores ofensivamente e uma arrancada ao melhor estilo de Gaitán aos 43 minutos. Mas, com Cervi a adaptar-se, com Salvio a entrar bem mas a cair de produção, e com Guedes e Mitroglou desaparecidos, acabou por não ser, nem de perto, nem de longe, um Benfica fulgurante. O Torino aproveitou e chegou-se à frente, empatando a partida aos 32 minutos, num livre exemplarmente marcado pelo sérvio Adem Ljalic.

Com seis alterações ao intervalo, o Benfica voltou a entrar melhor. Pizzi ameaçou num remate frontal aos 50 minutos mas, com tanta substituição, tornou-se difícil manter um ritmo forte e constante. A juntar a isso, o Torino mostrou que também sabe jogar e só não passou para a frente do marcador porque Júlio César se opôs bem a uma iniciativa de Maxi López (66’). Nem Pizzi, nem Jonas, muito menos Jiménez, conseguiam pegar no jogo. Restava aos adeptos verem os reforços em acção. Na segunda parte foram Carrillo e Benítez a estarem em campo. O peruano, ainda longe da melhor forma, entrou para o lugar de Cervi e esteve melhor que o argentino. Tomou, na maior parte das ocasiões, a melhor decisão e destacou-se na visão de jogo. Quanto a Benítez esteve bem mais discreto. Registo apenas para uma arrancada, travada em falta, pelo centro do terreno

Com o aproximar do fim do jogo e o aparecimento do cansaço, apareceram também as oportunidades. Júlio César voltou a salvar o Benfica a remate de Martínez (80’) e, do outro lado, Jonas apareceu aos 88’ para, num remate de pé esquerdo, dar trabalho a Padelli. Os “encarnados” forçaram um pouco para evitar os penáltis e o jogo só avançou para essa fase porque o poste devolveu uma cabeçada de Luisão, em cima do minuto 90. Nos penáltis a história é simples de contar. Todos acertaram menos Lindelöf e a Eusébio Cup foi, por que não dizê-lo, justamente para Turim.

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