Jonas “bisou” e o Benfica teve bónus

Equipa de Rui Vitória venceu União da Madeira (2-0) e aproveitou o empate do Sporting ?para encurtar distâncias.

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Patrícia de Melo Moreira /AFP
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Não foi uma exibição de gala do Benfica, mas também não foi preciso para vencer o União da Madeira (2-0). A equipa de Rui Vitória bateu os insulares graças a um “bis” de Jonas e mantém a corrida pela liderança, com o bónus de ter ficado mais perto do Sporting, que “escorregou” na visita ao V. Guimarães. Na Luz, os “encarnados” chegaram cedo à vantagem e, a partir daí, quase só tiveram de gerir os acontecimentos. Sem argumentos para incomodar a defesa do Benfica, os visitantes foram quase inofensivos e sofreram a 13.ª derrota em 14 encontros com os lisboetas.

Quis a meteorologia, ao impedir o União da Madeira de viajar para o continente a tempo de jogar no domingo, que Benfica e Sporting jogassem quase à mesma hora no encerramento da 24.ª jornada. Um dado que conferiu interesse adicional aos duelos dos dois rivais, que disputam a liderança da I Liga e, no sábado, irão defrontar-se em Alvalade. Os “encarnados” cumpriram e em Guimarães houve “escorregadela” dos “leões” — a temperatura do derby subiu mais uns graus.

O adiamento da partida com o União da Madeira nem fez o Benfica pestanejar, apesar de Rui Vitória ter feito várias alterações na equipa. Com três jogadores em risco de exclusão do derby caso vissem amarelo frente ao União da Madeira, o técnico “encarnado” só arriscou com Jardel, poupando André Almeida e Renato Sanches, rendidos por Nélson Semedo e Talisca, respectivamente. Gaitán também regressou ao “onze” e, no lado esquerdo da defesa, Grimaldo foi titular pela primeira vez.

Estiveram frente a frente os ataques mais e menos concretizadores do campeonato. E, sendo assim, não espantou que o Benfica se adiantasse no marcador logo aos 5’: num livre no lado esquerdo, Pizzi colocou a bola para a zona da marca de grande penalidade e Soares tentou afastar. Mas o corte foi defeituoso e deixou a bola no pé direito de Jonas, que não se fez rogado e disparou prontamente para o primeiro da noite.

O golo madrugador galvanizou os adeptos e a equipa, mas o que se seguiu foi um festival de oportunidades falhadas. Em grande parte porque, na baliza insular, Gudiño relevou-se um gigante. Pizzi, de fora da área, disparou milímetros ao lado do poste (16’), e depois o guarda-redes mexicano que alinhava no FC Porto B assumiu o protagonismo. Venceu os duelos com Mitroglou (19’ e 22’), fez o mesmo com Pizzi (25’ e 26’) e desviou o remate de longe de Talisca (41’).

A equipa de Luís Norton de Matos praticamente não se viu em termos ofensivos. Numa das primeiras incursões, Paulinho fez um cruzamento disparatado, directamente para fora (21’). Júlio César foi obrigado a intervir aos 33’, antecipando-se a Toni Silva que surgia isolado, e Paulo Monteiro atirou ao lado após canto (34’).

O tempo ia passando e isso era tudo o que interessava ao Benfica, apesar da falta de intensidade com que os “encarnados” entraram para a segunda parte. Mitroglou não teve reflexos para emendar o passe de Nélson Semedo (55’) e Jonas cabeceou ao lado após livre de Pizzi (64’).

Rui Vitória espevitou a equipa com a entrada de Salvio e os “encarnados” voltaram a tornar-se perigosos: Nélson Semedo fez a bola passar por cima de Gudiño, mas ninguém surgiu a empurrar para a baliza. No minuto seguinte a Luz voltou a festejar. Mitroglou recebeu a bola entre dois adversários e rematou forte, mas Gudiño defendeu. No canto que daí resultou, a bola voltou a ir ter com o grego, que tornou a disparar — desta vez Jonas deu um toque subtil que tirou a bola do guardião adversário.

Estava escrita a história do jogo, tão tranquila quanto Rui Vitória poderia desejar. E com o bónus de ter ficado mais próximo do rival, mesmo antes do derby.

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