Benfica bate Bétis e conquista a Algarve Cup

Dois golos de Seferovic recolocam "águias" na rota das vitórias frente a um adversário mais exigente.

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Ricardo Nascimento/Lusa

Dois golos do reforço Haris Seferovic (15' e 50') garantiram ao Benfica, esta quinta-feira, a conquista da Algarve Football Cup frente ao Betis de Sevilha, equipa que a formação portuguesa venceu, por 2-1, no Estádio do Algarve.

Apesar do desfecho, os primeiros instantes revelaram um Benfica intranquilo nesta primeira aparição perante os adeptos "encarnados" em solo português. O ataque do Betis percebeu quase instantaneamente o nervosismo dos laterais Pedro Pereira e Hermes, aproveitando um par de precipitações da dupla formada por Fejsa e Filipe Augusto, que não só não filtrou devidamente as melhores combinações dos sevilhanos, como ainda obrigou Luisão a ter que gerir o sector neste regresso ao "onze".

Em apenas 10 minutos, o Betis dispôs de um par de ocasiões para dar expressão a um arranque mais afinado, mas acabou por ser traído numa transição em que um ressalto em Fejsa deixou a bola nos pés de Jonas, de onde nasceu o passe para um excelente golo de Seferovic. Enquanto espera por Pizzi, o Benfica vai sublimando o seu jogo graças à classe do goleador brasileiro, que continua a fazer toda a diferença no jogo dos campeões nacionais, e ao pé quente de Seferovic.

Com o golo do avançado suíço, a "águia" ganhou envergadura e acabou por nivelar o encontro, libertando-se das grilhetas emocionais deixadas pelo acidente com o Young Boys (derrota por 5-1). Rafa tentava aparecer, mas foi Sergio Léon, a passe de Joaquín, quem devolveu a batuta à formação espanhola neste primeiro teste a sério, depois de dois jogos com adversários de reduzida expressão que se saldaram por uma derrota e um empate para a formação andaluz.

Ainda à procura de definir uma ideia mais aproximada do pretendido para a nova campanha, mesmo privados de jogadores determinantes, tanto o Benfica quanto o Betis aproveitaram para explorar diferentes vias sem uma preocupação excessiva na conquista do troféu em disputa.

E se Rafa fechava a primeira parte com um remate que colocava de novo em sentido o Betis, Seferovic abria a segunda metade com novo tiro certeiro, a passe de Rafa. Sem André Almeida (lesionado), nem Nélson Semedo (já no Barcelona), Rui Vitória testou Buta no corredor direito, salvaguardando Luisão, rendido por Lisandro López ao intervalo.

O jogo caminhava para uma fase de sucessivas alterações, típica dos jogos de pré-época, e com isso perdia-se um pouco da sistematização possível nesta altura. Já sem Jonas em campo, o Benfica ficava entregue aos rasgos de Rafa, que também não durou muito em campo, permitindo que o Betis voltasse (já com um "onze" completamente diferente) a organizar-se e a recuperar alguma autoridade, bem documentada pelo tiro de Fabián Ruiz ao poste da baliza de Júlio César.

O resultado estava, contudo, feito e nem o livre de Filipe Augusto, devolvido pela barra, alterou a história de um ensaio marcado ainda pelo regresso de Eliseu.

O Benfica jogou de início com: Júlio César, Pedro Pereira, Luisão, Jardel, Hermes, Fejsa, Felipe Augusto, Cervi, Rafa, Seferovic e Jonas. Jogaram ainda: Buta, Lisandro López, Diogo Gonçalves, João Carvalho, Samaris, Mitroglou, André Carrillo, Eliseu e Martin Chrien.

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