Bartra, um jogador com muitos títulos que escolheu sair do Barcelona para jogar

O defesa central fez toda a sua formação no emblema catalão.

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Bartra LUSA/KIKO HUESCA

Operado e bem de saúde. Foi assim que Marc Bartra surgiu, horas depois de ter sido vítima das três explosões que atingiram o autocarro que transportava a equipa do Borussia Dortmund para o estádio onde, terça-feira, se iria realizar o jogo dos quartos-de-final da Liga dos Campeões, contra o Mónaco.

O futebolista espanhol foi operado à mão direita, devido aos cortes originados pela quebra de um vidro do autocarro, desconhecendo-se, por enquanto, o tempo de paragem competitiva do atleta de 26 anos, que joga pelo primeiro ano em Dortmund. Aliás, esta é a sua primeira experiência longe de Barcelona como futebolista.

Marc Bartra Aregall nasceu a 15 de Janeiro de 1991 (26 anos), numa localidade próxima de Tarragona. E começou a jogar futebol RCD Espanyol. A temporada 2001-02 foi a única em que o jogador não defendeu as cores do Barcelona. Na época seguinte, com 11 anos de idade, entrou na escola de formação dos catalães - La Masia – e desde essa altura até ao final da presente época apenas vestiu a camisola azul-grená.

Competiu em todos os escalões do Barcelona até chegar à equipa principal, na época de 2012-13, sendo a sua posição de eleição a de defesa central. Principais qualidades: capacidade de antecipação e velocidade. A 14 de Fevereiro de 2010, Pep Guardiola chamou-o pela primeira vez à equipa principal, num jogo para o campeonato espanhol frente ao rival Atlético, disputado no Vicente Calderón. O “Barça” perdeu por 2-1 e Bartra tinha apenas 19 anos e, curiosamente, nem sequer jogou na sua posição habitual: fê-lo como lateral direito.

Desde essa época, Bartra foi presença esporádica no “onze” titular do Barcelona. Durante esse tempo entre os melhores foi acumulando um palmarés invejável, destacando-se três Ligas espanholas, uma Liga dos Campeões, quatro Supertaças espanholas, uma Taça do Rei, duas Supertaças europeias e dois Mundiais de clubes. E apesar de não ter participado em algumas destas provas directamente, integrava o plantel.

Bartra nunca teve a vida fácil em Barcelona, já que pela frente encontrou quase sempre jogadores consagrados como Piqué, Puyol  ou mesmo Mascherano. Algo que não deve ter sido indiferente para a decisão do defesa abandonar Barcelona. O antigo internacional espanhol é o ídolo e agora representante de Bartra. “Foi como um herói para miom, admirava-o”, chegou a dizer à imprensa. “Desde pequeno observava com atenção a sua forma de jogar. Puyol era o nosso capitão dentro e fora do campo. Ele apoia-me sempre, nos bons e maus momentos”, explicou.

Nas selecções jovens de Espanha fez o seu caminho sempre com distinção. Disputou diversos Campeonatos da Europa, o último dos quais o de sub-21, em Israel, no Verão de 2013, sagrando-se campeão e sendo um dos indiscutíveis para Julen Lopetegui, na altura seleccionador espanhol.

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