Barcelona resistiu a quase tudo e garantiu o doblete

Com golos de Jordi Alba e Neymar no prolongamento, os catalães derrotaram o Sevilha e conquistaram a Taça do Rei.

Foto
Reuters

Nove meses e 12 dias depois de terem realizado a primeira partida oficial de 2015-16, num memorável duelo na Supertaça Europeia que terminou com a vitória “blaugrana”, por 5-4, Barcelona e Sevilha voltaram a estar frente a frente no jogo que encerrou a época para as duas equipas, mas qualquer semelhança entre os dois confrontos é pura coincidência. No Vicente Calderón, em Madrid, catalães e andaluzes protagonizaram um duelo intenso, mas pouco espectacular e o vencedor do troféu apenas foi conhecido no prolongamento, quando Jordi Alba e Neymar fizeram os golos que garantiram o doblete para o Barcelona.

Após uma temporada em que as duas equipas disputaram mais de 60 partidas, o desgaste das principais figuras catalãs e andaluzes tornou a final da Taça da Rei num despique táctico e conflituoso, sendo que os “blaugrana” se podem queixar das várias contrariedades com que se depararam ao longo do jogo. Apostado em repetir o feito do ano passado, onde conquistou o campeonato e a Taça, Luís Enrique iniciou a partida com o mesmo “onze” que na final da época passada derrotou o Athletic Bilbau. No entanto, apesar de até ter entrado melhor - Suárez esteve perto do golo aos 8’ -, o Barcelona rapidamente chocou com a organização defensiva do Sevilha, que embora atacasse pela certa, esteve muito perto do golo no minuto 17.

Com dificuldades em encontrar o antidoto para o veneno sevilhano, o Barcelona começou a viver das iniciativas de Messi, mas tudo se tornou ainda mais complicado para os “blaugrana” aos 36’: Mascherano agarrou Gameiro quando o luso-francês ficava isolado e foi expulso. Com o Barcelona em inferioridade numérica, Luís Enrique recuou Busquets para o centro da área, procurando mexer o mínimo possível nas peças da sua equipa, e como Unai Emery manteve a postura expectante, foram os catalães que estiveram perto de marcar em cima do intervalo.

Ao intervalo, Luís Enrique mexeu, trocando Rakitic pelo defesa Mathieu, e a alteração beneficiou o Sevilha. Tal como tinha acontecido na final da Liga Europa, os andaluzes surgiram mais atrevidos e precisaram de apenas cinco minutos para criar uma excelente oportunidade: Banega acertou no poste da baliza do Barcelona. Pouco depois, surgiu mais uma péssima notícia para Luís Enrique, com a lesão de Suárez.

Sem a ameaça do principal goleador do adversário, o Sevilha ganhou confiança e até ao final dos 90 minutos o domínio foi andaluz, mas os 90 minutos terminaram sem golos e tudo foi adiado para o prolongamento, onde o Sevilha já jogou com apenas 10 jogadores (expulsão de Banega).

De novo em igualdade numérica, o Barcelona arriscou para tentar evitar a lotaria das grandes penalidades e o génio de Messi fez a diferença: aos 97’, um passe sublime do argentino isolou Jordi Alba que, após bater Vitolo em velocidade, rematou cruzado para o fundo das redes de Rico, colocando justiça no marcador. Já depois do minuto 120, Daniel Carriço foi expulso e o Barcelona ainda chegaria ao 2-0, com um golo de Neymar.

Sugerir correcção
Comentar