Deu para tudo, até para aplaudir um jogador adversário. O Barcelona fez o que quis do Valência na primeira eliminatória da Taça do Rei, triunfando por 7-0 e fazendo da segunda mão desta eliminatória uma formalidade. E o Camp Nou não se esqueceu de aplaudir Cheryshev, o avançado russo emprestado pelo Real Madrid ao Valência, como que lhe agradecendo ter sido o responsável involuntário pela eliminação dos “merengues” da competição, utilizado por Rafa Benítez quando estava castigado.

O Barcelona foi um furacão poderoso e o Valência foi uma cabana de palha que se desfez à primeira brisa. Aos 12’, os catalães já ganhavam por 2-0, com dois golos de Luiz Suarez, e Messi fez o 3-0 aos 29’.

O jogo foi tão fácil que o Barcelona até se deu ao luxo de falhar um penálti no final da primeira parte, que castigara uma falta de Mustafi sobre Messi – o alemão seria expulso. Da marca dos onze metros, Neymar não tomou nenhum balanço, mas só conseguiu acertar no poste.

E se já não é fácil defender com onze frente a uma equipa com o potencial ofensivo do Barcelona, mais difícil foi defender com dez. Os catalães não tiveram qualquer tipo de piedade dos seus pobres adversários (com muitos portugueses em campo, André Gomes e Cancelo no “onze”, mais Vezo como suplente utilizado) e avançaram para a goleada, que podia ter sido ainda maior do que acabou por ser.

A história da segunda parte conta-se pelos golos: Messi (59’), Messi (74’), Suarez (83’) e Suarez (88’). Ao Barça só faltou mesmo um golo de Neymar, que bem tentou.

Para o Valência de Gary Neville, foi mais uma noite de desastre. Esta foi a quinta derrota dos “che” em 15 jogos com o novato técnico britânico no comando técnico – as quatro vitórias que Neville conseguiu foram todas na Taça do Rei, competição em que ainda não tinha perdido.