Baía do Funchal volta a receber o melhor da vela mundial

Pelo segundo ano consecutivo, a Madeira entra no roteiro da Extreme Sailing Series. Prova começa nesta quinta-feira e prolonga-se até domingo.

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Uma das embarcações da Extreme Sailing Series DR

Em Setembro do ano passado, apesar de a prova ter sido organizada em contra-relógio – a instabilidade que se vivia na Turquia levou ao cancelamento da etapa em Istambul, abrindo a oportunidade de o Funchal entrar na rota da competição -, a estreia da Madeira no circuito Extreme Sailing Series (ESS), uma das mais importantes competições da vela mundial, mereceu rasgados elogios por parte da organização e participantes. Com a fasquia elevada, a baía do Funchal volta a receber a partir desta quinta-feira os velozes catamarãs GC32, e Sérgio Jesus, presidente da Associação Regional de Vela da Madeira (ARVM), realça “o impacto massivo” de um evento que “carrega o nome da Madeira às costas”.

Menos de um ano depois e numa data mais conveniente para os interesses da região, a ESS está de regresso ao Funchal. Depois das passagens por Muscat (Omã) e Qingdao (China), a prova madeirense será a terceira etapa do circuito, que segue depois para Barcelona (Espanha), Hamburgo (Alemanha), Cardiff (País de Gales), San Diego (EUA) e Los Cabos (México), e Sérgio Jesus mostra-se confiante que, este ano, o impacto que a prova terá na economia madeirense será superior ao da última edição.

Em declarações ao PÚBLICO, o presidente da ARVM começa por referir que este ano foi possível “actuar na promoção do evento localmente com o devido tempo” – “no ano passado, como as pessoas nunca tinham visto isto, não tinham como se motivar”. “Concentramos toda a actividade no Cais 8, para que o ombro do evento seja sempre o mar, e criamos uma zona agradável onde as pessoas podem estar em família, com diversas actividades. Queremos que a população se sinta bem-vinda e entretida, para que passe a ser normal passar uma tarde ou um dia com actividades de vela, seja de forma activa ou passiva”, refere.

No entanto, as principais vantagens elencadas por Sérgio Jesus para a Madeira serão a longo prazo. “No último media report produzido pela OC Sports [empresa que organiza a prova] ficou claro o impacto massivo que o evento do ano passado teve. Este evento custa 250 mil euros e esses números apontam para um retorno na casa dos nove milhões. Ou seja, o próprio evento gera promoção e carrega o nome da Madeira às costas, levando-o a locais onde não conseguimos chegar”, revela.

O presidente da associação de vela madeirense explica que, apesar de este ser um “evento que traz centenas de pessoas”, o “impacto é de milhões” e “quebra o status quo”. “Temos que crescer pausadamente e entrar em outros mercados, onde a promoção institucional não chega, gerando retornos que nunca foram sequer estudados. À Madeira não interessa ter eventos de massas. Têm que ser eventos exclusivos, como este. Isto é como um tapete rolante, que anda à sua velocidade: não interessa atirar para cima um conjunto gigante de malas, se depois ele não conseguir andar”, conclui.

A terceira etapa da ESS, que se vai prolongar até ao próximo domingo, arranca nesta quinta-feira às 14h e, na baía do Funchal, estarão em competição sete equipas compostas por alguns dos melhores velejadores mundiais: Land Rover BAR Academy, Alinghi, SAP Extreme Sailing Team, Oman Air, Red Bull Sailing Team, NZ Sailing Team e Team Extreme.

O PÚBLICO viajou a convite do Turismo da Madeira

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