Augusto Inácio garante a primeira vitória em casa para o Moreirense

Com dois golos de Podence, a equipa de Moreira de Cónegos derrotou o Nacional, que caiu para a última posição

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PEDRO BENAVENTE/WAPA/NFACTOS

O Moreirense conquistou a primeira vitória caseira na I Liga, ao vencer por 3-1 o Nacional, em jogo da 12.ª jornada, agudizando a serie negativa dos insulares, que não vencem há sete encontros. André Micael abriu o marcador aos 31 minutos e Podence bisou com golos aos 53 e 84 minutos. Salvador Agra, concretizando uma grande penalidade, aos 88’, marcou o tento de honra visitante.

Esta vitória, justa e que até podia ser mais expressiva, valeu ao Moreirense a fuga aos lugares de despromoção, enquanto, no sentido inverso, o Nacional caiu para último.

Num jogo de 'aflitos' - as equipas entraram para esta jornada nos último e penúltimo lugares da tabela com os mesmos oito pontos -, esteve melhor o Moreirense, porque arriscou mais e teve mais convicção na procura do golo.

Era também a estreia de Augusto Inácio em casa - o treinador que chegou a Moreira de Cónegos para substituir Pepa já tinha orientado um jogo para a Taça da Liga (vitória em casa do Feirense por 2-1) -, mas o técnico não pôde estar no banco do Moreirense devido a castigo.

A primeira oportunidade deu-se aos 17 minutos, quando Boateng, isolado após passe de Dramé, permitiu a defesa de Rui Silva, guardião que voltaria a estar em destaque aos 30 minutos, ao defender um remate fortíssimo de Neto.

Os minhotos mereciam marcar e conseguiram-no por intermédio de André Micael, que fez o primeiro após canto marcado na esquerda por Francisco Geraldes (31 minutos). E até ao intervalo continuaram a dominar a partida, perante um Nacional que parecia rendido e não criava oportunidades de golo.

O segundo golo do Moreirense podia ter surgido aos 44 minutos, mas Dramé não deu o seguimento que a 'arrancada' anterior de Francisco Geraldes merecia e atirou ao lado. O avançado francês voltou a tentar, aos 45, mas o guardião madeirense, que muito se pode queixar da inoperância dos centrais da sua equipa, 'encaixou'.

O segundo golo do Moreirense, que lhe deu uma merecida maior tranquilidade, foi apontado por Podence, que completou um cruzamento e uma jogada muito rápida protagonizada por Rebocho, aos 53 minutos. E só com a desvantagem de 2-0 é que se viu a turma de Manuel Machado despertar: Witi rematou para uma defesa algo rudimentar de Makaridze, que ainda teve de se esticar para evitar que a recarga de Ricardo Gomes desse em golo para os insulares (58 minutos).

O Moreirense foi mais irreverente que o Nacional e Boateng podia, e devia, ter feito o terceiro após jogada de génio de Podence, mas o ganês, que estava sozinho e em posição frontal, atirou ao lado (63 minutos). Mas o jogador que atua no Moreirense por empréstimo do Sporting, Daniel Podence, acabaria por marcar o terceiro golo dos vimaranenses, aos 84 minutos, 'carimbando' o rótulo de 'melhor da partida' dada a criatividade e confiança com que se apresentou.

Nessa altura, já o Nacional jogava com menos um jogador: Tobias Figueiredo foi expulso aos 74, depois de derrubar Boateng. O jogo acabou com um 3-1 justo, podia até ser mais expressivo para a equipa da casa, após a marcação de uma grande penalidade, aos 88 minutos, que castigava falta de Ramirez sobre Rui Correia e que Salvador Agra não desperdiçou.

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