Atletismo europeu vai fazer testes de credibilidade aos seus recordes

As conclusões vão ser apresentadas em Setembro próximo e podem ter implicações a nível mundial.

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O relatório será entregue em Setembro próximo Tobias Schwarz/Reuters

Os recordes europeus do atletismo vão ser objecto de uma investigação para testar a sua credibilidade, anunciou nesta quinta-feira a Associação Europeia de Atletismo (AEA).

O comité executivo do organismo criou um grupo de trabalho de sete elementos que será liderado pelo irlandês Pierce O’Callaghan, membro do comité de competições da Federação Internacional de Atletismo (IAAF) e chefe de operações dos Mundiais de 2017, que se vão realizar em Londres.

“Conseguir um recorde europeu - depois de ser coroado campeão da Europa – é o máximo que se pode conseguir no nosso desporto na Europa. Os detentores destes recordes deve ser heróis cujas performances devem ser respeitadas e reconhecidas pelos seus colegas e pelos adeptos do atletismo. Têm de ser 100% credíveis. Mas há uma visão de que não é o caso de algumas dessas performances da lista dos recordes europeus e foi por isso que ordenei esta revisão”, explicou o norueguês Svein Arne Hansen, presidente da AEA.

Sem dar grandes detalhes sobre como essa revisão de recordes vai acontecer, o organismo que tutela o atletismo europeu revelou apenas, para além dos nomes que fazem parte do grupo de trabalho, que o relatório com as conclusões e recomendações será entregue em Setembro próximo.

As conclusões deste estudo podem ter impacto mundial, já que há bastantes recordes europeus que também o são à escala planetária. Há vários recordes mundiais de atletas europeus com décadas de idade e que têm levantado muitas suspeitas, sobretudo no atletismo feminino, como o de Marita Koch (RDA) nos 400m ou de Jarmila Kartochvilova (Checoslováquia) nos 800m, os dois recordes mais antigos do atletismo.

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