111 vitórias: as basquetebolistas da Universidade do Connecticut já não sabem o que é perder

A equipa feminina de basquetebol da Universidade do Connecticut não perde desde 2014 e tenta agora conquistar o quinto título consecutivo.

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As Huskies continuam a ser o grande fenómeno do basquetebol universitário feminino nos EUA Universidade do Connecticut

Há uma equipa feminina de basquetebol universitário nos Estados Unidos que desde Novembro de 2014 não conhece o sabor da derrota. Com a vitória desta segunda-feira sobre Oregon, as Connecticut Huskies avançaram para a final four do campeonato de universidades (NCAA, na sigla inglesa) e aumentaram a sua série de triunfos consecutivos para um número impressionante: 111. Além deste registo, as Huskies venceram os últimos quatro campeonatos universitários nacionais (de 2012/13 a 2015/16) e preparam-se agora para conquistar o quinto título.

Nos quartos-de-final do torneio, as jogadoras da equipa de basquetebol da universidade estadual do Connecticut (UCONN), com um recorde de 32-0 na fase regular, dominaram o encontro contra as Oregon Ducks e venceram por 90-52. Num jogo com quatro períodos de dez minutos cada (ao contrário dos tradicionais 12 minutos na NBA), o resultado final começou a ser desenhado logo no primeiro período do encontro, quando as Huskies já venciam por 28-13. Ao intervalo, o resultado já marcava 49-24.

Na sexta-feira, dia 31, as Huskies vão jogar contra Mississippi State o acesso à final (é já a décima época seguida que estão na final four), onde terão possibilidade de conquistar o seu quinto título consecutivo (seria o 12.º total da equipa). No ano passado, as Connecticut Huskies venceram a Mississippi State por uns expressivos 98-38, como é hábito da equipa. Foi no terceiro campeonato conquistado desta série de quatro seguidos que as atletas da UCONN perderam o seu último jogo. No segundo encontro da época de 2014/15, foram derrotadas pela Universidade de Stanford por 88-86, já em período extra.

Desde então, só vitórias. “Contra cada equipa que jogamos, queremos ser nós dar o primeiro murro”, disse Gabby Williams, de 20 anos, citada no The New York Times (NYT). A jogadora da UCONN contribuiu com 25 pontos, seis ressaltos e quatro roubos de bola. A extremo Napheesa Collier, que está nomeada para melhor jogadora do ano, também teve uma grande noite: 28 pontos, 12 ressaltos, quatro blocos, dois roubos de bola e duas assistências. Naphessa referiu que nem todos acreditavam que o que está agora a acontecer seria possível: “Significa muito, especialmente com este grupo, porque ninguém pensava que estariamos aqui e trabalhámos imenso este ano”, lê-se no The Washington Post.

Geno Auriemma, treinador das Huskies, estabeleceu entretanto o recorde de 113 vitórias no torneio da NCAA. "Havia muitas dúvidas à entrada da época, mas talvez elas [as jogadoras] não tivessem nenhuma nas suas cabeças. Parece que elas responderam a cada uma dessas dúvidas. Elas merecem estar na Final Four”, disse Auriemma, citado no WP.

Contrariando uma tendência recente, Auriemma não implementa novas tecnologias no treino da sua equipa: nem software de análise, nem instrumentos que aumentem a performance de atletas. “Eu não sou uma pessoa de dados. Não sou esperto o suficiente”, admite o treinador, citado no NYT.

“A razão para estarmos em forma é porque praticamos a uma intensidade que mais ninguém pratica”, afirmou Amanda Kimball, treinadora de força e condicionamento das Huskies, lê-se no NYT.

Os treinos, que duram duas horas, são muito físicos e concebidos para preparar as jogadoras para jogarem 30 minutos, ou até se aproximarem dos 40. 

Texto editado por Pedro Guerreiro

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