Aronian e Liren são os finalistas da Taça do Mundo de xadrez

Vachier-Lagrave e Wesley So foram eliminados nas meias-finais.

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O arménio Levon Aronian e o chinês Ding Liren irão discutir entre si a conquista da 9.ª edição da Taça do Mundo de xadrez, em Tbilisi, mas os dois garantiram desde já um lugar no próximo torneio de candidatos, que se disputará em 2018, e cujo vencedor desafiará Magnus Carlsen pelo título mundial absoluto.

Nas meias-finais da prova, na Geórgia, discutiam um lugar na final o francês Maxime Vachier-Lagrave (3.º do ranking mundial), perante o número dois do mundo, Levon Aronian, enquanto no outro encontro o norte-americano Wesley So (7.º da hierarquia) tinha como opositor o chinês Ding Liren, 11.º da lista mundial. E, como se esperava, em ambos os duelos a luta foi intensa, com os jogadores a não correrem riscos, tendo sido necessário recorrer, em ambos os casos, ao desempate, depois dos empates registados nas duas partidas clássicas.

O primeiro finalista a ser encontrado foi Liren. As duas semirrápidas de 25 minutos voltaram a ser inconclusivas, mas a primeira partida disputada com apenas 10 minutos viria a ser decisiva, com o jovem chinês, de 24 anos, a superar So, levando a melhor na discussão táctica de um final em que encontrar o caminho correcto era muito difícil para o norte-americano. Na partida seguinte bastava o empate a Liren e, jogando de brancas, perante um adversário que parecia esgotado, o objectivo não seria difícil de alcançar. 

Já o outro encontro seria bem mais emocionante. Logo na primeira semirrápida, Lagrave levava a melhor e Aronian ficava na iminência da eliminação. Numa partida plena de tensão, o arménio criou o caos no tabuleiro, sacrificando uma peça, e, depois de várias flutuações na luta que se seguiu, com muitos erros de parte a parte, Aronian acabaria por repor a igualdade.

Nas partidas de 10 minutos manteve-se o equilíbrio, mas nas de 5 minutos o nervosismo foi evidente. Na primeira, Aronian obteve uma vantagem avassaladora, mas a partir daí jogou tão mal que permitiria o volte-face. Depois foi assistir aos erros consecutivos do francês até ser acordado o empate. Ainda abalados pela partida anterior, a segunda partida de cinco minutos foi tranquila, mantendo-se o impasse.

Agora tudo seria decidido numa única partida, com Aronian a jogar de brancas, por sorteio, dispondo de cinco minutos, mas obrigado a vencer, enquanto a Lagrave bastava o empate, mas dispondo de quatro minutos de reflexão. Até ao erro do 54.º lance, tudo corria bem para o francês, mas a partir daí foi o descalabro e Aronian conseguiu o desejado lugar na final.

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