“Alma e coração” no “maior teste ao futebol feminino português”

Portugal defronta hoje a Inglaterra na última jornada da fase de grupos do Campeonato da Europa feminino de futebol. O favoritismo é inglês, mas as portuguesas prometem lutar “com todas as forças”

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FPF

A vitória até pode não chegar para que Portugal consiga garantir um lugar entre as oito melhores selecções do Euro 2017, mas depois do histórico triunfo contra a Escócia, o discurso mantém-se ambicioso. Na antevisão do confronto contra a Inglaterra, na última jornada da fase de grupos da prova, o seleccionador nacional Francisco Neto prometeu uma equipa portuguesa focada e comprometida em “honrar a camisola e o nome de Portugal”, naquele que será o “maior teste ao futebol feminino português”. Amanda da Costa, que jogou no campeonato inglês entre 2012 e 2015, diz que para tentarem vencer um dos favoritos a ganhar a competição, as portuguesas vão jogar com “alma e coração”.

Quatro dias depois de vencer a Escócia, por 2-1, alcançando o maior feito de sempre do futebol feminismo português, Portugal vai entrar em campo para os últimos 90 minutos da fase de grupos do Euro 2017 com as aspirações em conseguir um lugar nos quartos-de-final da prova intactas. Apesar de as contas do apuramento não serem fáceis (ver caixa), de a Inglaterra ser, a par da Alemanha, a grande favorita a vencer o troféu, e de a história jogar contra Portugal — em sete confrontos, as inglesas nunca perderam com as portuguesas —, Francisco Neto garantiu que a selecção nacional, mesmo não sendo favorita, vai agarrar-se “com todas as forças” à possibilidade histórica de alcançar a qualificação.

Orgulhoso com percurso português na Holanda, o seleccionador nacional diz que no “maior teste do futebol feminino português" — a Inglaterra é 5.ª classificada no ranking da FIFA, 33 lugares à frente de Portugal —, haverá a pressão de “tentar fazer as coisas bem”. “A pressão que as jogadoras terão, é a pressão de jogar como treinamos. Quero que elas apreciem o momento e o jogo”, salientou o técnico.

Após apresentar o mesmo “onze” nos dois primeiros jogos, a Inglaterra deverá fazer algumas mudanças na equipa titular, mas Francisco Neto considera que isso não será uma vantagem para a sua equipa: “As que vêm, vêm com tudo. Querem provar que também merecem uns minutos. Será uma equipa muito forte, cheia de boas jogadoras”, alertou o seleccionador.

Com dois anos de experiência no futebol inglês — representou o Liverpool entre 2013 e 2015 —, Amanda da Costa diz que as portuguesas estão “felizes por terem uma oportunidade” e vão “jogar com “alma e coração”. “Vamos fazer um bom jogo. A pressão não está do nosso lado.”

Apesar de portuguesas e inglesas já se terem defrontado por sete vezes, o último jogo entre as duas selecções foi há 12 anos. Em 2005, no Mundialito do Algarve, as britânicas golearam Portugal, por 4-0, num jogo que confirmou a tendência dos jogos anteriores: o melhor que a selecção nacional conseguiu foi dois empates — em 2000, em Sacavém, e em 2001, na Nazaré.

Nova igualdade contra a Inglaterra garantiria o apuramento de Portugal se a Escócia derrotasse a Espanha e, nesse cenário, com o segundo lugar no Grupo D, a selecção nacional defrontaria no próximo domingo, nos quartos-de-final, a Austria, que beneficiou do empate da França com a Suíça (1-1) para vencer o Grupo C. Se a equipa de Francisco Neto cometer a proeza de derrotar a Inglaterra e terminar na frente do grupo, as rivais da equipa nacional serão as francesas.  

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