A maior vitória de Elena Vesnina

Um ano depois de ter perdido no qualifying, a russa impôs-se na final em Indian Wells.

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Reuters/Jayne Kamin-Oncea

Depois de terminar 2015 no 111.º posto — o seu pior em 10 anos —, Elena Vesnina foi obrigada a disputar o qualifying do BNP Paribas Open, perdendo logo na estreia. Mas a russa que tanto já prometera em anos anteriores, nunca desistiu. Optimista por natureza, continuou a trabalhar e, no Verão, poucos dias antes de completar 30 anos, foi recompensada, com a sua primeira meia-final num torneio do Grand Slam, que lhe relançou a carreira. Um ano depois dessa marcante derrota, Vesnina regressou a Indian Weels para conquistar o maior troféu do currículo.

“Espero que seja um grande exemplo para outras jogadoras, de que tudo pode acontecer se acreditarmos em nós próprias e em que temos o ténis que é preciso. Mesmo quando nada saia como queremos e percamos na primeira ronda do qualifying, o que pode correr pior?”, afirmara Vesnina, antecipando a final.

Foi com este espírito que, neste domingo, a russa derrotou a compatriota Svetlana Kuznetsova, por 6-7 (6/8), 7-5 e 6-4, ao fim de três horas de jogo. As nove horas que já tinham passado nos courts do Indian Wells Tennis Garden foram compensadas com a confiança de ter eliminado Angelique Kerber, que vai surgir na segunda-feira na liderança do ranking, e Venus Williams, finalista no último Open da Austrália.

Vesnina recuperou de um set, 1-4 na segunda partida e 2-4 na terceira para somar o terceiro título, o primeiro desde 2013, quando conquistou os outros dois. Vendo-se em desvantagem, a russa começou a jogar de forma mais solta, ao mesmo tempo que Kuznetsova foi ficando mais contraída e irregular.

Capaz de jogar bom ténis — terminou 2009 em 24.º lugar no ranking WTA e 2013 em 25.º —, Vesnina parecia estar mais dedicada à carreira de pares, variante na qual tem integrado o top 10 nos derradeiros seis anos, durante os quais conquistou dois títulos do Grand Slam (Roland Garros, em 2013, e Open dos EUA, em 2014), a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e as WTA Finals, ambas em 2016.

Como afirmou Vesnina durante o torneio, “no ténis, os 30 são os novos 20”. A presença nas meias-finais no último torneio de Wimbledon relançou-lhe a carreira individual.

No ranking de segunda-feira, Vesnina vai ser recompensada com o 13.º lugar, a sua melhor classificação de sempre.

Entretanto, no outro lado do continente americano, Michelle Brito voltou a conquistar um título. A número um portuguesa e 243.ª no ranking WTA, foi disputar o torneio ITF em Tampa (Florida), de 15 mil dólares de prize-money, em cuja final venceu a mexicana Victoria Rodríguez (324.ª), por 6-2, 6-0, em apenas 55 minutos. Este foi o quinto título da carreira de Michelle, primeiro desde 2012.     

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