Truman, de Cesc Gay, triunfou nos Goya

Os prémios da Academia Espanhola foram entregues neste sábado, em Madrid.

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Cesc Gay, o primeiro à esquerda, foi o grande vencedor da noite AFP

Uma comédia que é também um drama. Truman, do realizador espanhol Cesc Gay, foi o grande vencedor da 30.ª edição dos Prémios Goya, considerados os Óscares de Espanha, entregues neste sábado em Madrid. O filme, que estava nomeado em seis categorias, arrecadou cinco estatuetas, entre as quais a de melhor filme e melhor realizador.

Truman, o sétimo filme do catalão Cesc Gay, conta a história de Julián (papel que valeu a Ricardo Darín o Goya de melhor actor), um doente terminal com cancro que decide parar com a quimioterapia. Decidido a escolher o seu próprio final, Julián preocupa-se em procurar uma nova casa para a sua companhia de há muito tempo, o boxer Truman, contando com a ajuda de Tomás, um amigo que o veio visitar – Javier Cámara conquistou o Goya de melhor actor secundário.

O filme de Gay bateu assim o favorito La novia, de Paula Ortiz, bem como a Un día perfecto, de Fernando León, Nadie quiere la noche, de Isabel Coixet e A cambio de nada, de Daniel Guzmán. Truman arrecadou ainda o prémio de melhor argumento original.

Esta é a primeira vez que Cesc Gay conquista os prémios da Academia Espanhola, depois de já em 2001 ter sido nomeado na categoria revelação com Krámpack e, dois anos depois, com En la ciudad.

A jovem actriz Natalia de Molina, que ainda há dois anos foi distinguida nesta gala com o prémio revelação, venceu na categoria principal de representação com o seu papel em Techo y comida, deixando para trás nomes como Juliette Binoche (Nadie quiere la noche) e Penélope Cruz (Ma ma).

Destaque para Nadie quiere la noche que recebeu quatro Goyas, mesmo que em categorias técnicas: banda sonora original, maquilhagem, guarda-roupa e produção. O grande favorito da noite era La novia, com 12 nomeações, mas o filme de Paula Ortiz acabou por receber apenas as estatuetas de melhor fotografia e melhor actriz secundária (Luisa Gavasa).

O argentino El clan, realizado por Pablo Trapero, venceu na categoria de melhor filme ibero-americano e o prémio de melhor filme europeu foi para o francês Mustang, de Deniz Gamze Ergüven.

O Goya para melhor curta-metragem de ficção foi para El corredor, de José Luis Montesinos, enquanto nas categorias de melhor documentário de curta-metragem e documentário venceram Hijos de la Tierra, de Axel O Mill Tubau e Patxi Uriz Domezáin, e Sueños de sal, de Alfredo Navarro. "Alike", de Daniel Martínez Lara e Rafael Cano Méndez, ganhou o Goya para melhor curta-metragem de animação e o melhor filme de animação foi Atrapa la bandera, de Enrique Gato. 

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