Museu da Diáspora e da Língua Portuguesa de Matosinhos será projectado por Souto de Moura

Presidente da câmara acredita que ter um edifício assinado por um Pritzker constituirá um "motivo de atracção".

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Fernando Veludo/NFactos

O futuro Museu da Diáspora e da Língua Portuguesa de Matosinhos vai ser projectado pelo arquitecto Eduardo Souto de Moura, adiantou hoje à Lusa o presidente da câmara.

"Escolhemos o arquitecto Eduardo Souto de Moura porque é um Prémio Pritzker [recebeu aquele que é considerado o mais importante prémio de arquitectura do mundo em 2011] e porque vai engrandecer e valorizar, ainda mais, o projecto", considerou Guilherme Pinto, que reafirmou a intenção de abrir o museu já em 2017.

A Câmara Municipal de Matosinhos tinha anunciado no início de Fevereiro a intenção de instalar o Museu da Diáspora e da Língua Portuguesa numa antiga fábrica conserveira, a Vasco da Gama. O investimento, superior a 2,5 milhões de euros, incluiu a reabilitação mas não a aquisição do edifício. O projecto está a ser encabeçado pela antiga ministra da Cultura Isabel Pires de Lima.

Guilherme Pinto lembrou que o arquitecto português tem projecção internacional, sendo isso também "um motivo de atracção". "[Eduardo Souto de Moura] tem colaborado intensamente com o concelho de Matosinhos, mas ainda não tínhamos uma obra dele cá, tirando a marginal, e queríamos muito ter uma." E daí o convite que o arquitecto aceitou de imediato, acrescentou.

O presidente da Câmara explicou que quer uma "obra marcante" e de dimensão nacional porque o museu "vai celebrar a língua portuguesa e a aventura da portugalidade pelo mundo fora".

"As conquistas dos portugueses, a influência dos portugueses na língua ou as histórias de sucesso dos que saíram estarão expostas no museu", adiantou. "Parece que estamos em sintonia com o discurso do Presidente da República quando ele diz que devemos celebrar a portugalidade e, no fundo, é isso que nos queremos fazer em Matosinhos."

Em Fevereiro de 2015, Souto de Moura tinha já assinado com a autarquia um contrato de depósito para deixar à sua guarda centenas de maquetas de estudo que deverão ser confiadas à futura Casa da Arquitectura, logo que esta disponha de instalações para o efeito.

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