Ribeiro e Castro apela prioridade máxima da efesa e promoção da língua portuguesa

A língua portuguesa deve constituir a “prioridade das prioridades” da política cultural e destacar-se entre os eixos prioritários da política externa de Portugal, defendeu hoje em Lisboa o presidente da Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas.

José Ribeiro e Castro (CDS/PP), que interveio no Período Antes da Ordem do Dia, centrou a intervenção na defesa e promoção da língua portuguesa, que classificou como “poderosa e preciosa ferramenta de comunicação, de cultura e de comércio”.

Trata-se de “uma plataforma de convívio, de relação e de solidariedade, um importante instrumento de afirmação política e económica, num mundo cada vez mais aberto e globalizado”, acrescentou. Para o deputado do CDS/PP, a “afirmação do português é crucial” para o futuro colectivo português e de todo o espaço lusófono.

As razões são sobretudo económicas e Ribeiro e Castro sustenta que “se a língua portuguesa se consolidar -- como pode e merece -- como uma das grandes línguas internacionais, muitos negócios, muita comunicação, muita edição, se farão em português, abrindo mercado e gerando continuamente riqueza, emprego e serviços que se exprimem em português, com vantagem para todos os lusófonos”.

Caso contrário, “a vantagem será apenas dos falantes originais dessas outras línguas e dos respectivos sistemas culturais, jurídicos, económicos e políticos”.

“Somos mais de 250 milhões de falantes como língua oficial, e caminhamos rapidamente para os 300 milhões graças ao crescimento demográfico do Brasil, de Moçambique e de Angola”, destacou.

Ribeiro e Castro notou ainda que o crescimento demográfico nos oito países que usam oficialmente a língua portuguesa resulta na “afirmação” do português como língua de África, das Américas e do Oriente.

“E nós, portugueses, os lusófonos europeus, não podemos fazer menos: temos que vincar e conquistar junto dos parceiros da UE todos os direitos e todas as virtualidades de comunicação do português, língua da Europa, isto é, do português que não é apenas uma língua nossa, mas uma língua comum, uma língua global à disposição dos europeus para a comunicação e o intercâmbio com o resto do Mundo”, concluiu.

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