Preto no branco, O Hip-Hop e a Moda

Documentário sobre a relação entre a cultura da Nova Iorque dos anos 1970 e 80 e a indústria da moda chega à RTP2

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As fotografias de Jamel Shabazz são um documento da época muito importante e o fotógrafo é um dos ouvidos no documentário Jamel Shabazz/Cortesia CNN Films
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Brooklyn, 1986 Jamel Shabazz/Cortesia CNN Films
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Brooklyn,1983, os blusões de ganga com obras de graffiti Jamel Shabazz/Cortesia CNN Films
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Jamel Shabazz/Cortesia CNN Films
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As Salt 'n Pepa, grupo feminino de hip-hop formado em 1985 DR
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Kanye West dança durante a apresentação de uma das suas colecções de moda ANDREW KELLY/Reuters
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Uma das colecções de Kanye West LUCAS JACKSON/Reuters

Fresh Dressed já tem dois anos, mas continua atempado — a relação entre o hip-hop e a moda é longa e chegou a uma espécie de noivado ou mesmo lua-de-mel feliz em que todos celebram a sua união. Realizado pelo norte-americano Sasha Jenkins, jornalista que tem neste documentário a sua estreia atrás das câmaras, é exibido quarta-feira na RTP2.

Às 23h50 e com o título português O Hip-Hop e a Moda, fala com muita da gente com quem deve falar: de Dapper Dan, autor que marcou o estilo do Harlem e o cruzamento do vestuário da cultura negra com as grandes marcas no final da década de 1980, até Kanye West, rapper tornado designer de moda cujas colaborações com Virgil Abloh (Off-White) são um dos mais proeminentes marcos da penetração do streetwear na moda generalista actual.

Neste documentário para a CNN Films, Jenkins esteve ainda com Pharrell Williams, um dos músicos mais cobiçados pelo sistema da moda, Damon Dash, fundador da editora de hip hop Roc-A-Fella e mais tarde da marca de moda Rocawear, mas também com o antigo editor de moda da Vogue norte-americana André Leon Talley. A importância da cultura hip hop nova-iorquina ou a importância da moda na cultura hip-hop nova-iorquina são os temas das suas conversas e de um filme bem recebido no Festival de Sundance em 2015, nascido do trabalho como jornalista em torno do hip-hop e das portas que as conversas foram abrindo, como explicou à Newsweek.

“A roupa não tem o mesmo valor para os brancos na América do que para as pessoas de outras cores. Sendo branco, está-se confortável, tem-se um nível de identidade que as pessoas de outras cores não têm”, disse à revista. O Bronx, a violência policial, os gangues e a música, o breakdance e o sucesso milionário do hip-hop já nos anos 1990 passam por Fresh Dressed, uma expressão do calão que vai sempre dar ao mesmo sítio, defende Sasha Jenkins, preto no branco: “Para algumas pessoas, a roupa é uma ferramenta, é do que precisam para andar pelas ruas e seguir. Para outras, é um símbolo de status.” 

Fresh Dressed from Fresh Dressed Movie on Vimeo.

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