U2 regressam em Dezembro com um álbum íntimo e político

São histórias pessoais, mas com forte pendor político, promete Bono para o próximo álbum dos U2, a lançar a 1 de Dezembro.

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O 14.º álbum da carreira dos U2 terá por título Songs of Experience DR

Numa entrevista ao New York Times, os irlandeses U2, uma das mais populares bandas rock do planeta das últimas décadas, confirmou aquilo que se especulava há algumas semanas. Ou seja, que o grupo está a ultimar um novo álbum, de título Songs of Experience, que será lançado no dia 1 de Dezembro.

Algumas dessas canções têm vindo a ser reveladas nos concertos que o grupo tem dado nos últimos meses na Europa, nomeadamente três delas — The blackout, The little things that give you away e You're the best thing about me. Para além destes temas haverá ainda uma versão longa de XXX, tema do rapper americano Kendrick Lamar no qual Bono participou este ano e inserido no álbum do primeiro.

O disco a lançar em Dezembro contará com as colaborações dos Royal Blood, Ryan Tedder (One Republic), Jacknife Lee e Steve Lillywhite, e constituiu uma espécie de continuação do álbum de 2014 Songs of Innocence, que fazia referência às primeiras influências e experiências do grupo, entre o final dos anos 1970 e o início dos anos 1980, enquanto o novo registo se concentrará no universo mais íntimo de Bono, mas tendo como contexto os conflitos no mundo actual.

Como single já foi editado You’re the best thing about me, que tem a particularidade de ter na capa uma fotografia do realizador e habitual fotógrafo do grupo, Anton Corbijn, tirada à filha do guitarrista The Edge, Sian Evans. Numa actuação há dois dias no popular programa da TV americana Jimmy Fallon The Tonight Show, o grupo acabou por tocar o single e também uma recriação de Bullet the blue sky, canção do álbum The Joshua Tree (1987), onde Donald Trump foi visado com alusões críticas.

Aliás, aquele que será o 14.º álbum da carreira dos U2 já podia ter sido editado, mas o seu lançamento foi adiado após a eleição de Donald Trump em 2016. "Estas eleições foram um choque para o sistema, não só na América como na Europa", comentou Bono, que acrescentou que o álbum iria funcionar de certa forma como resposta a esse abalo. “Debrucei-me mais sobre o plano pessoal do que propriamente pelo político”, disse, acrescentando que “o político” acaba por estar lá para contextualizar o tempo das histórias pessoais, que funcionam quase como cartas íntimas a pessoas que são próximas de Bono, entre família, amigos e fãs.

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