O vício das séries de adolescentes mora em Riverdale

Um liceu, uma cidade, uma morte e muitos arquétipos. Dos comics Archie até às doses semanais no Netflix.

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A televisão esvaziou-se um pouco de liceus, ou assim parece desde um boom recente com produtos mais adultos como Glee, mais plásticos como 90210, com o fim das Pequenas Mentirosas ou os hiatos de séries MTV como Awkward. Mas discretamente – ao contrário do que está a acontecer nos EUA, onde é uma das séries pop mais faladas dos últimos meses –, Riverdale está a acumular-se no Netflix.

Baseada nos comics muito americanos e de parca penetração internacional Archie, que acompanharam gerações desde os anos 1940, Riverdale está a encher semanalmente o seu caderno de episódios desde o final de Janeiro para um punhado de países para onde o acordo com o canal de origem, o CW, é válido. A apresentação da série é simples: “Riverdale é um pouco mais obscura e muito mais interessante do que era nos tempos dos Archie Comics”. O seu argumentista, Roberto Aguirre-Sacasa (Glee, Big Love) foi igualmente provocador, dizendo que é “Archie com Twin Peaks

É uma série de 13 episódios para esta primeira temporada (a segunda já está garantida) e que não tem a codificação nem as exigências (e talvez não os mesmos estímulos, admita-se) das chamadas séries de prestígio. Mas é um género relevante, com Riverdale algures entre a leveza e o engenho de renovar uma fórmula antiga como a televisão, que sempre teve histórias de adolescentes, amores, famílias e às vezes pequenos crimes entre amigos para servir de espelho, para servir o hedonismo ou simplesmente reviver um passado escapista.

Riverdale é uma cidadezinha e um grupo de estudantes que tem um mistério ao centro, bem como a sua própria wiki e torrente no Reddit. As críticas repetem quão artificial é, com as suas cheerleaders, pobres meninas ricas e a ocasional morte trágica de um atleta escolar, mas também o seu principal ingrediente: é viciante.

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