Nova edição da obra de Cervantes no arranque do 50º aniversário da D. Quixote

Uma nova edição de Dom Quixote de La Mancha e a perda de direitos relativos a José Cardoso Pires marcam o início da celebração dos 50 anos da editora fundada por Snu Abecassis em 1965. Haverá novidades até Abril de 2016.

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A editora D. Quixote vai iniciar a celebração dos seus 50 anos com uma nova edição do Dom Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes, recuperando a tradução que Miguel Serras Pereira fez em 2005, quando se cumpriram 400 anos sobre a publicação da obra.

Com uma tiragem de cinco mil exemplares, a obra vai estar à venda por 10 euros, “uma maneira simbólica de celebrarmos o aniversário”, declarou João Amaral, o director editorial da Leya, na manhã desta sexta-feira, em Lisboa, na apresentação de um plano que prevê também o regresso dos Cadernos D. Quixote, agora os Novos Cadernos D. Quixote, que começarão a ser editados em Setembro.

As novidades foram apresentadas no dia seguinte ao da notícia de que os direitos da obra de José Cardos Pires vão sair da editora que sempre publicou o autor de O Delfim, passando agora para as mãos da Relógio d’Água. “Fizemos tudo para continuar com o autor, mas entendemos as razões da herdeira [a viúva Maria Edite Pereira]”, referiu ainda João Amaral. Ficam na D. Quixote os direitos da colecção de bolso, os únicos que estão actualmente disponíveis no mercado do escritor que faria 90 anos em Outubro.

O Delfim, Balada da Praia dos Cães, O Anjo Ancorado e De Profundis - Valsa Lenta, nas últimas versões revistas pelo próprio escritor, começarão a sair em Maio, com prefácios de António Lobo Antunes, Mário de Carvalho, Gonçalo M. Tavares e João Lobo Antunes, respectivamente.

A edição especial do Catálogo Dom Quixote terá, assim, uma baixa de peso. O catálogo está disponível no próximo mês de Maio, a mesma altura em que será feito o relançamento de O Meu Primeiro D. Quixote, com tradução de Alice Viera.

A editora anunciou ainda a vinda a Portugal de alguns nomes internacionais, como o nipo-americano Francis Fukuyama e o israelita David Grossman, além de um ciclo de debates, Dos Livros aos Filmes, também em Maio, com obras de Philip Roth, John Le Carré e Amos Oz. O ano da D. Quixote vai encerrar com a publicação de uma nova edição de Os Lusíadas.   

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