O pai dos Barbapapa morreu. O norte-americano Talus Taylor, que com a sua mulher Anette Tyson criou a família colorida de bonecos capazes de se transformar em qualquer coisa, morreu aos 82 anos em Paris. O escritor que viu os seus desenhos adaptados à televisão nos anos 1970 morreu a 19 de Fevereiro, escreve nesta segunda-feira o francês Le Figaro.

São um dos clássicos da década de 1970. Os Barbapapa – o pai é rosa, a mãe é preta e os filhos são um de cada cor – foram um dos grandes sucessos da época e o responsável foi Talus Taylor. Com a sua mulher, a francesa Anette Tyson, começou por escrever e ilustrar em livros as aventuras desta família. Mas rapidamente aquela família de bonecos que se adaptavam a todas as situações possíveis e imaginárias saltou das prateleiras das livrarias para a televisão.

Foi primeiro para o ar em França e depois exportada um pouco para todo o mundo. Em Portugal, os Barbapapa passavam na RTP. Também os livros foram traduzidos em mais de 30 línguas.

Talus Taylor manteve uma vida discreta. Nascido em 1933, em São Francisco, o norte-americano vivia em Paris com a sua mulher. A ideia de dar vida aos Barbapapa surgiu quando os dois passeavam por um jardim e ouviram uma menina dizer qualquer coisa que Taylor não percebeu. Perguntou à mulher o que dizia a menina. “Pedia algodão doce”, respondeu-lhe – algodão doce em França chama-se "barbapapa".

O escritor achou tanta piada à palavra que ali imaginou uma personagem com esse nome. As personagens multiplicaram-se, assim como a história que transmitia às crianças valores de tolerância, amor e respeito. Aqueles bonecos são ainda considerados por alguns como os pioneiros da ecologia.

O site oficial dos bonecos está disponível também em língua portuguesa. Todas as personagens são apresentadas e há ainda espaço para jogos e vídeos.