Júlio Pomar doa 300 obras à fundação com o seu nome

Oferta é formalizada na terça-feira e inclui pinturas a óleo dos anos 50 e 60 e obras mais recentes, como Mariza ou Fernando Pessoa e Alfredo Marceneiro, ambas de 2011

Foto
O pintor na apresentação do Atelier-Museu Júlio Pomar, em Janeiro de 2013

O artista plástico Júlio Pomar vai fazer uma doação de mais de 300 obras suas – pinturas, esculturas, desenhos e gravuras – à Fundação a que deu nome. Segundo Alexandre Pomar, administrador da Fundação Júlio Pomar, as obras serão formalmente doadas na terça-feira, num acto de registo notarial a decorrer nas instalações do Atelier-Museu Júlio Pomar, em Lisboa.

Criado para conservar e divulgar a obra do artista plástico português de 88 anos, o Atelier-Museu Júlio Pomar foi inaugurado em Abril de 2013. É neste espaço, na Rua do Vale, que estão a ser depositadas as obras que constituem o acervo pessoal do pintor, de acordo com os objectivos da fundação criada em 2004, altura em que o artista fez uma primeira doação de cerca de 400 peças.

Esta nova doação é composta por um total de 313 obras, que incluem pintura (30), assemblage (11), escultura (7), cerâmica (4), desenhos (100, aos quais se somam 11 cadernos de estudos), e ainda gravuras (80) e serigrafias (70).

Entre as obras de pintura contam-se os óleos Mulheres na Lota, Nazaré, de 1951, Ponte de D. Luiz, no Porto, de 1962, e  Estudo em Vermelho, de 1964. Em acrílico e pastel sobre tela, a oferta inclui Mariza, de 2011, e Fernando Pessoa e Alfredo Marceneiro, do mesmo ano.

De acordo com Alexandre Pomar, filho do artista, esta segunda doação foi comunicada à Câmara Municipal de Lisboa nas vésperas da abertura do Atelier-Museu, por ocasião da formalização do protocolo adicional de colaboração com a autarquia, no ano passado.

Na sessão desta terça-feira decorrerá igualmente a escritura pública da revisão dos estatutos da Fundação Júlio Pomar, que substitui a versão original datada de Dezembro de 2004.

 

Sugerir correcção
Comentar