Jornalista alemão e filósofo holandês ganham Prémio do Livro Europeu

O presidente do júri diz que vai recomendar a Durão Barroso que todos os membros da Comissão leiam a obra do filósofo

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Parlamento Europeu, em Estrasburgo REUTERS/Vincent Kessler

Rolf Bauerdick e Luuk van Midelaar são os laureados deste ano da sexta edição do Prémio do Livro Europeu que foi esta quarta-feira anunciado no Parlamento Europeu sob a presidência do realizador grego de cinema Costa-Gavras.

Bauerdick, jornalista e fotógrafo alemão de 55 anos, foi o laureado na categoria de romance com o livro Le Jour où la Vierge a Marché sur la Lune (na edição francesa), uma história passada numa aldeia isolada dos Cárpatos, na Roménia, envolvendo romenos, húngaros, saxões e ciganos. Um livro "feroz pelo seu humor" e "pela descrição de um regime (comunista) em que o dogma decide tudo", resumiu Costa-Gavras.

Na categoria de ensaio, o prémio foi para Luuk van Middelaar, filósofo e historiador holandês de 39 anos, actualmente também conselheiro de Herman Van Rompuy, presidente do Conselho Europeu, com o seu Le Passage à l'Europe. "Uma brilhante análise do processo de unificação europeia", segundo afirmou o presidente do júri, até às suas raízes tão longínquas como o século XVI. "Vou recomendar a Durão Barroso que obrigue todos os membros da Comissão Europeia a lê-lo, e depois que os interrogue", brincou Costa-Gavras.

O Prémio do Livro Europeu, no valor de 10 mil euros para cada um dos laureados, foi criado em 2007 sob o impulso de Jacques Delors, presidente da Comissão Europeia de 1985 a 1995, e seu presidente nos primeiros cinco anos da sua existência. Delors, que passou este ano a pasta a Pascal Lamy (director-geral da Organização Mundial do Comércio e ex-comissário europeu), permanece presidente honorário.

Sob a presidência de Costa-Gavras, o júri deste ano foi composto por jornalistas de vários países (França, Bélgica, Itália, Espanha, Reino Unido, Finlândia, Polónia e República Checa).

 

 

 
 
 

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