Já estão escolhidas as 50 galerias da próxima ARCOlisboa

A feira internacional de arte contemporânea regressa à Cordoaria Nacional de 18 a 21 de Maio. Programa Opening ainda não está fechado e pode alargar-se a dez galerias.

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A primeira edição da ARCOlisboa decorreu em Maio de 2016 Daniel Rocha

Já estão escolhidas as 50 galerias – 21 portuguesas e 29 estrangeiras – que vão integrar a secção principal da segunda edição da ARCOlisboa  Feira Internacional de Arte Contemporânea de Lisboa, evento a decorrer de 18 a 21 de Maio na Cordoaria Nacional. 

Entre o contingente português encontram-se galerias como Cristina Guerra, Filomena Soares, Graça Brandão, Pedro Cera, Vera Cortês, Múrias Centeno, Quadrado Azul, Fernando Santos ou Pedro Oliveira; de Braga virá a Mário Sequeira, dos Açores a Fonseca Macedo. 3+1, Baginski, Belo-Galsterer, Carlos Carvalho, Caroline Pagès, João Esteves de Oliveira, kubikgallery, Miguel Nabinho, Módulo e Presença completam o lote das presenças nacionais.

Do estrangeiro, as galerias espanholas estão, de novo, em maior número: serão 15, entre as quais Elba Benítez, Juana de Aizpuru, Leandro Navarro e Maisterravalbuena. Na segunda edição da ARCOlisboa estarão também representadas quatro galerias brasileiras (Anita Schwartz, Baró, Jaqueline Martins e Vermelho), três italianas (Giorgio Persano, Monitor, Umberto di Maria), duas alemãs (Nome Gallery, Zak Branicka) e outras duas norte-americanas (Christopher Grimes, Fridman Gallery). A selecção completa-se com uma galeria colombiana (Nueveochenta), uma francesa (Pietro Sparta) e uma suíça (Art & Public).

Já na nova secção Opening, com curadoria de João Laia, há oito galerias confirmadas (mais duas, ambas estrangeiras, podem ainda juntar-se à lista final, que deverá estar fechada na próxima semana): as portuguesas Francisco Fino, Hawaii-Lisbon, Madragoa e Pedro Alfacinha, a polaca BWA Warszawa, a holandesa Dürst, Britt & Mayhew, a mexicana José García e a britânica Narrative Projects.

Destinado a galerias com um máximo de sete anos de actividade, o programa Opening terá em Lisboa um formato diferente daquele que tem sido posto em prática na feira congénere de Madrid: João Laia quis capitalizar o facto de aqui poder trabalhar com um universo de galerias mais circunscrito e propôs às galerias seleccionadas um programa curatorial um pouco mais impositivo, que as porá "a trabalhar sobre a ideia do insólito, do estranho e do inesperado". É uma forma de vincular o programa a um "contexto contemporâneo em que o não expectável começa a tornar-se normal", na sequência de fenómenos como o "Brexit" ou a eleição de Donald Trump.

"Em Madrid, como são muitas, cada galeria faz o que quer num diálogo mais ou menos estreito com o curador; aqui tentei fazer um híbrido entre uma exposição e uma feira", explicou o curador ao PÚBLICO. A secção Opening distinguir-se-á do programa geral da ARCOlisboa também em termos de layout, adiantou ainda: "Nesta secção não vai haver aquelas paredes clássicas de feira, será um espaço mais aberto em que a separação entre os stands é menos clara."

Tal como há um ano, a ARCOlisboa abrirá ao público um espaço de debate e reflexão sobre a criação contemporânea e a actualidade do mercado da arte com quatro palestras magistrais a decorrer na Casa da América Latina; já no próprio espaço da feira, as apresentações Em que estou a trabalhar, coordenadas por Miguel Amado e Ana Cristina Cachola, levarão 20 profissionais a partilhar com os visitantes os seus projectos actuais e futuros. Paralelamente, e no âmbito da Lisboa 2017 – Capital Ibero-Americana da Cultura, realizar-se-á pela primeira vez em Portugal o Encontro de Museus da Europa e América Latina, dirigido pelo curador de origem colombiana Juan Gaitán e pelo director do MAAT, Pedro Gadanho.

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