Festival de Vilar de Mouros recebeu 22 mil pessoas em três dias de concertos

Organização promete fazer "subir a fasquia" para a edição do próximo ano.

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Peter Murphy no seu regresso a Vilar de Mouros, este ano Hugo Santos

Cerca de 22 mil pessoas passaram entre quinta-feira e sábado pela edição 2016 do festival de música de Vilar de Mouros, em Caminha, sendo que no último dia a lotação "esgotou" com 12 mil espectadores, revelou a organização.

"Estamos a falar de um número total na ordem dos 22 mil espectadores nos três dias, e hoje (sábado) tivemos lotação esgotada com cerca de 12 mil pessoas", disse Diogo Marques à agência Lusa. Este responsável pelo festival adiantou que, apesar de, no sábado, "haver muita gente a querer entrar", a organização decidiu fechar as bilheteiras para garantir "comodidade" aos 12 mil espectadores que se encontravam no recinto.

A edição 2016, que decorreu entre 25 e 27 de Agosto com um cartaz marcado por nomes que se celebrizaram nas décadas de 1970 e 1980, foi organizada pela empresa Surprise and Expectation, criada em Caminha, um consórcio constituído pela Probability Makers e pela Metrónomo.

Face à grande afluência de público na edição deste ano, a organização deste que foi o primeiro festival criado na Península Ibérica teve necessidade de "aumentar em 45 mil metros quadrados as zonas de estacionamento, bem como a área de campismo". "Tivemos que crescer para poder receber as pessoas, e isto foi muito positivo", afirmou Diogo Marques, classificando a edição deste ano como "uma aposta ganha".

"Conseguimos fazer renascer Vilar de Mouros. Conseguimos que todos os tabus sobre edições anteriores desaparecessem. Estamos aqui, pelo menos por mais seis anos que é o prazo de vigência do protocolo assinado com a Câmara Municipal de Caminha", sustentou Diogo Marques, prometendo que, para a edição de 2017, a organização do "Woodstock português" vai fazer "subir a fasquia".

"Já temos vários nomes em carteira. Já estamos a trabalhar desde finais de Julho na próxima edição. Os nomes serão anunciados mais para o final do ano. Vamos ter pré-venda de bilhetes no Natal, e tudo está a caminhar para termos, em 2017, um grande, grande, grande festival", frisou o responsável

O presidente da Câmara de Caminha, Miguel Alves, referiu também que a edição do "renascimento" de Vilar de Mouros "ficou acima das expectativas". "Superou as nossas expectativas e dá-nos força para continuar. Hoje sou um homem feliz", afirmou o autarca socialista, lembrando "a luta muito grande" que encetou "para fazer o festival ressurgir das cinzas".

"Foi difícil. Tivemos que romper com o receio pelo facto de, na última década, o festival ter estado adormecido e castigado por más opções estratégicas e políticas, mas o festival ressurgiu em força e hoje é um dia extraordinário", sustentou Miguel Alves.

Peter Murphy, Echo & The Bunnymen e Tindersticks, entre os estrangeiros; The Legendary Tigerman, David Fonseca e Samuel Úria, nos portugueses, foram nomes que marcaram a edição deste ano do histórico festival do Alto Minho.

 

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