Adele cancela final da digressão mundial por doença

Depois de 15 meses na estrada, cantora está com uma infecção na garganta. E lança dúvidas sobre o futuro.

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Adele durante a actuação nos Grammy Reuters/LUCY NICHOLSON

A pergunta não é nova, mas voltou a surgir com força por estes dias. Vamos ter mais digressões de Adele? A hipótese foi colocada pela própria cantora numa carta manuscrita reproduzida em panfletos distribuídos nos seus concertos no estádio de Wembley, em Londres. Um bilhete fez emergir a onda de incertezas antes de o espectáculo começar e no final do concerto Adele reforçou a ideia: “Quis que os meus últimos concertos fossem em Londres porque não sei se voltarei a fazer digressões e, por isso, quis que a última vez fosse em casa”.

Quinze meses, dezenas de países e milhares de fãs em cada concerto depois, certo é que a actual digressão fica por aqui, porque uma infecção na garganta forçou a cantora a anular os dois espectáculos de encerramento, ambos agendados para Londres.

Para o futuro, Adele deixou escrita uma certeza: "Andar em digressão é estranho. Não tem muito a ver comigo", escreveu Adele, voltando a demonstrar o seu desconforto. "Sou muito caseira e retiro muita alegria das pequenas coisas".

Nos últimos meses a cantora britânica percorreu os Estados Unidos, a Europa e a Austrália, a promover o seu terceiro e último trabalho discográfico - o álbum 25, editado em Novembro de 2015. Apesar do desconforto, a cantora ressalva que fazer esta digressão tem sido “uma emoção e um prazer”. Uma digressão que passou por Portugal em Maio de 2016 e conquistou o público.

Comovida, a cantora admitiu ainda que a mais recente digressão mundial foi a maior concretização da sua carreira: "Só fiz esta digressão por vocês, esperando poder deixar em vós a mesma marca que alguns dos meus artistas deixaram na minha vida", garante, agradecendo "o amor e a bondade" dos seus fãs. "Irei lembrar-me disto para o resto da minha vida".

Esta não é a primeira vez que a cantora admite deixar de fazer digressões. Em Março deste ano, no último concerto na Nova Zelândia, surpreendeu os fãs ao confessar: "Os aplausos fazem-me sentir um pouco vulnerável. Não sei se voltarei a fazer digressões outra vez."

Também no ano passado, no início da sua digressão actual, Adele tinha manifestado a vontade de se retirar dos palcos. Um desejo que, entre os fãs, tem sido ligado ao desejo de voltar a ser mãe, à vontade de acompanhar o crescimento do seu único filho, Angelo, de cinco anos, e até à aspiração de ter uma vida menos mediática.

O último concerto da digressão mundial 25 volta a realizar-se no Estádio de Wembley, em Inglaterra, no domingo e já tem lotação esgotada. Este será o seu 123.º concerto. Depois disso, paira a incerteza.

Texto editado por Hugo Daniel Sousa

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