Efterklang, os dinamarqueses globais

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Percussões; palmas e uma jovialidade de sorriso aberto: os Efterklang Rasmus Weng Karlsen

Hoje, 23h30, MusicBox, Lisboa

Dinamarqueses globais, estes Efterklang. No mesmo sentido em que os Arcade Fire ou Owen Pallett, canadianos, o são. No mesmo sentido em que Sufjan Stevens, apesar do projecto "um álbum por estado americano", também acaba por ser. Ou seja, representam muito mais um pulsar pop contemporâneo do que um reflexo do seu contexto. Ao terceiro álbum, "Magic Chairs", que apresentam esta noite no Musicbox, em Lisboa, temo-lo por evidente.

A sua música, dramática e orquestral, pormenorizada na forma como conjuga matéria orgânica e electrónica, ora encontra refúgio nos grandes espaços, contemplativa e divagante, ora pede intimidade de quarto fechado enquanto a chuva bate na janela. Depois, liberta-se rua fora, pede companhia a quem a ouve, oferece percussões, palmas e celebração de uma jovialidade de sorriso aberto - certamente não por acaso, Efterklang traduz-se livremente por "recordação" ou "reverberação".

Formados em 2000, editaram desde então "Tripper", em 2004, e "Parades", em 2007. De álbum para álbum, mantendo todos os elementos da sua música, foram caminhando em direcção a um formato canção mais clássico. Paralelamente, expandiram a sua expressão criativa. "Magic Chairs" serviu de mote para uma colaboração com o realizador francês Vincent Moon, o criador do conceito "take away shows" (alojados em "La Blogotheque"), e autor de filmes-concerto sobre The National ou Arcade Fire.

Durante quatro dias, banda, equipa de filmagem e cerca de 200 músicos locais reuniram-se numa ilha dinamarquesa para reinterpretar e dramatizar as canções do álbum. No Musicbox, poderemos ver parte da música e das imagens do filme resultante, "An Island", com estreia marcada para Fevereiro de 2011.

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