Descoberto um caderno de desenhos inéditos de Van Gogh

Em Novembro, será publicado simultaneamente em vários países. Até lá, mantém-se o suspense acerca da origem e das características do achado.

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Van Gogh é um dos artistas com maior procura BENOIT TESSIER/REUTERS

Um caderno de desenhos inéditos de Vincent Van Gogh recentemente descoberto será publicado simultaneamente em vários países no próximo mês de Novembro, anunciaram esta quinta-feira as Éditions du Seuil.

“Ninguém a não ser os proprietários, eu próprio e o editor tinha conhecimento deste caderno”, disse à AFP Bernard Comment, responsável pela publicação desta obra que terá como título Vincent Van Gogh, Le brouillard d’Arles, carnet retrouvé. “É espantoso, fulgurante”, acrescentou, garantindo que a autenticidade do achado foi verificada por especialistas: “Houve um verdadeiro trabalho científico para atestar que se trata de facto de um caderno utilizado pelo pintor.”

A origem do caderno não foi precisada, bem como o número exacto de desenhos nele contido (Bernard Comment assegura que é “um número significativo, superior a uma dezena”) ou o preço a que será vendido – o suspense manter-se-á até à conferência de imprensa mundial que terá lugar em Paris em meados de Novembro, nas vésperas da chegada do álbum às livrarias. Em comunicado, a editora avança apenas que “este livro a todos os títulos excepcional terá edição simultânea em França, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Holanda e Japão”, e que vários outros países se seguirão.

Questionados sobre esta descoberta, tanto o Museu Van Gogh de Amesterdão como o Museu d’Orsay de Paris não reagiram até ao final desta quinta-feira. Ao todo, são conhecidos cerca de um milhar de desenhos de Van Gogh.

Morto aos 37 anos, em Julho de 1890, Van Gogh é considerado um dos maiores artistas de todos os tempos. As suas obras, expostas nos mais importantes museus do mundo, são das mais procuradas no mercado. Um Portrait du Dr Gachet (1890) atingiu os 82,5 milhões de dólares num leilão da Christie’s de Nova Iorque em 1990; em Maio do ano passado, outra das suas pinturas, L’Allée des Alyscamps, foi rematada por 66 milhões de dólares num outro leilão em Nova Iorque.

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