Costa garante a Serralves mais verbas e exposição de Miró que João Soares queria

Em Serralves, no Porto, o primeiro-ministro lembrou que estará em visita à Grécia nos próximos dias e que, “entretanto” tratará da substituição do ministro da Cultura.

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Paulo Pimenta

No mesmo dia em que aceitou a demissão de João Soares, o primeiro-ministro visitou esta sexta-feira uma das instituições do país onde mais poderia sentir a falta da companhia de um titular da pasta da Cultura. António Costa esteve à noite no Museu de Arte Contemporânea de Serralves, no Porto, na abertura da segunda das quatro partes da exposição do escultor britânico Liam Gillick. E, em vez de disfarçar, Costa sublimou a ausência de João Soares, começando por lamentar que “um problema de comunicação” tivesse tornado impossível a presença do ministro da Cultura na cerimónia. A sala riu-se da piada. Adiante, o primeiro-ministro recordaria que estava de partida para a Grécia, em vista oficial de dois dias, e que “entretanto” havia de tratar da escolha de um novo responsável para a pasta da Cultura.

Ainda assim, prestou homenagem ao ex-ministro, ao dizer que um dos objectivos da sua visita era “garantir, já este ano, a concretização de um projecto preparado por João Soares: a exposição, no Porto, da colecção de quadros de Joan Miró que pertencem ao Estado”.

Na sua primeira vista a Serralves como primeiro-ministro, António Costa também disse esperar que a Fundação continue a desempenhar o seu papel nas redes de criatividade europeias e prometeu que a “Parceria Público-Privada de muito bons resultados” entre o Estado e a instituição não só será mantida como será até “reforçada”.

A esse respeito, disse esperar que o Estado possa recomeçar a cumprir o contrato de financiamento celebrado com a Fundação que, desde 2013 (corte de 30%), “só tem sido parcialmente cumprido”. António Costa não se comprometeu com valores. Disse apenas esperar que, se não for possível retomar os termos do contrato  por completo, se consiga, pelo menos , reforçar o financiamento que o Estado assegura hoje.

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