Bruce Springsteen cancela concerto em protesto contra lei discriminatória dos transexuais

Numa mensagem publicada no Facebook, o cantor explica que decidiu cancelar o espectáculo agendado para este domingo na Carolina do Norte por discordar da nova lei estadual que regula a utilização de quartos-de-banho públicos por transexuais.

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Bruce Springsteen explicou aos fãs, na sua página de Facebook, as razões do cancelamento do concerto DON EMMERT/AFP

Bruce Springsteen cancelou um concerto que tinha agendado para este domingo em Greensboro, na Carolina do Norte, explicando aos fãs, na sua página de Facebook e no seu site oficial, que tomara esta decisão em protesto contra a recente entrada em vigor, naquele estado norte-americano, da lei conhecida como HB2 (House Bill 2), ou “lei do quarto-de-banho”, que obriga os transexuais a utilizar as instalações sanitárias públicas que correspondam ao sexo com o qual nasceram.

O boicote de Springsteen é apenas a mais recente de múltiplas reacções negativas que a nova lei vem provocando desde que foi aprovada no final de Fevereiro. Formalmente designada Public Facilities Privacy and Security Act, a lei, que entrou em vigor no dia 1 de Abril, já foi publicamente criticada por Barack Obama, bem como pelos candidatos democratas à sua sucessão, Hillary Clinton e Bernie Sanders.   

Além de estipular as casas de banho que os transexuais podem usar, "a lei também limita o direito dos cidadãos LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgénero) a recorrer aos tribunais quando os seus direitos humanos são violados no local de trabalho", acusa Springsteen na mensagem que publicou no Facebook.

Afirmando que esta lei é "uma tentativa levada a cabo por pessoas que não suportam o progresso que o país fez no reconhecimento dos direitos humanos de todos os cidadãos", o cantor, que em Maio estará em Lisboa para actuar no Rock in Rio, lembra que "algumas coisas são mais importantes do que um espectáculo de rock", e que "esta luta contra o preconceito e a intolerância é uma delas".

Várias empresas anunciaram também já a sua oposição à "lei do quarto-de-banho", incluindo gigantes como a American Airlines, a Apple, a Google, o Facebook ou o Pay Pal.

 

 

 

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