Álvaro Siza e outros arquitectos portugueses desenham cenários para a reconstrução da Síria

Ricardo Bak Gordon, Guilherme Machado Vaz, Francisco Aires Mateus e Manuel Aires Mateus estão também entre os 150 participantes no projecto.

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Muitas cidades sírias ficaram devastadas após anos de guerra Reuters/BASSAM KHABIEH

Os arquitectos portugueses Álvaro Siza, Ricardo Bak Gordon, Guilherme Machado Vaz, Francisco Aires Mateus e Manuel Aires Mateus participam num projecto mundial, que envolve 150 arquitectos de 26 países, intitulado Sketch for Syria, que visa traçar possíveis cenários de reconstrução da Síria.

O projecto foi iniciado por Marco Ballarin e Jacopo Galli na universidade IUAV de Veneza e reuniu 150 arquitectos de 26 países "num esforço de larga escala" para "imaginar, delinear e partilhar possíveis cenários" para a Síria, na sequência da recente devastação da população e de uma grande quantidade de património arquitectónico, segundo a publicação Archdaily.

Esta iniciativa surgiu em resposta a um pedido feito pelas Nações Unidas (UN-ESCWA), a 14 de Julho de 2016, de ideias para a reconstrução do país. A este apelo responderam 150 arquitectos de todo o mundo, que enviaram os seus cadernos de esboços, entre os quais os cinco portugueses.

Salma Samar Damluji, do Líbano, Beals and Lyon, do Chile, Paredes y Pedrosa, de Espanha, Marco Ferrari e Benno Albrecht, de Itália, Loopo Studio, da Grécia, Peter Wilson, da Alemanha, Philippe Rham, de França, e Sean Godsell, da Austrália, são outros dos arquitectos envolvidos na iniciativa.

De todos os sketchbooks enviados, 52 vieram directamente das cidades sírias de Damasco, Aleppo, Hama, Latakia e Tartus, "mostrando a força pacífica da arquitectura", segundo os organizadores. O projecto resultou numa primeira exposição, que decorreu em Veneza entre Janeiro e Fevereiro deste ano, da qual constavam os esboços de 132 arquitectos.

A estes juntaram-se entretanto outros arquitectos e os organizadores do projecto estão à procura de novos espaços para acolher uma segunda exposição.

"Estamos à procura de novos locais possíveis, que possam estar interessados em acolher a exposição e continuar a mostrar os sketchbooks, uma vez que é muito fácil de transportar e montar", revelou esta quinta-feira à Lusa Jacopo Galli, um dos curadores.

Para já, o primeiro desenvolvimento do projecto dentro da universidade foi o WAVE workshops, que reuniu 1341 estudantes a trabalharem no tema da reconstrução da Síria, em Veneza, durante o mês de Julho, disse o responsável. "Actualmente estamos a reunir os resultados desse trabalho numa série de livros que serão apresentados em Outubro. A exposição final destes trabalhos decorreu em Veneza na última semana de Julho", acrescentou.

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