Abaixo a Netflix

Não é dificílimo encontrar uma boa série que não se tenha visto já: é impossível.

A Netflix arruinou o meu programa de televisão favorito. Chama-se Terrace House e seguia três mulheres e três homens que viviam no mesmo apartamento em Tóquio. É o único reality show que ensina tanto como diverte. Mas desde que foi comprado pela Netflix a série passou para o Havai e perdeu toda a graça japonesa que tinha.

Depois de ver as duas temporadas passadas em Tóquio (Boys and Girls In The City) ainda há outra boa série japonesa para ver: o Midnight Diner: Tokyo Stories. Infelizmente passa num instantinho e fica-se mais uma vez sem nada para ver.

A Netflix é pior do que qualquer canal de televisão porque não tem qualquer critério. Produz séries horrendas como Santa Clarita Diet. Mas também compra dezenas de séries horrendas que não produziu. Não é dificílimo encontrar uma boa série que não se tenha visto já: é impossível.

Por causa da Netflix (e de confiar, erradamente, que não gasta dinheiro a comprar porcarias) tenho gasto horas da minha vida a ver os primeiros cinco minutos de séries e filmes indigeríveis.

O sistema de recomendações é detestável. Só saem duques. Estão sempre a empurrar-nos os últimos horrores em que investiram. As únicas coisas que se aproveitam - The Crown, os quatro episódios de Cooked, a série Chef's Table - vêem-se em 15 dias. E o resto do mês que se pagou?

Cancelei a minha assinatura. Para quê pagar todos os meses? Basta pagar, quando muito, um mês de seis em seis meses. A Netflix é, pelas minhas contas, 95 por cento má. É muito. Mais vale fugir.  

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