A influência de Ravi Shankar na música Ocidental

O rock, o jazz, as “músicas do mundo”’ ou as electrónicas sob influência de Shankar.

A influência da música de Ravi Shankar sobre linguagens como o rock, o jazz, as “músicas do mundo”’ ou as electrónicas é incomensurável. Muitas vezes não é exactamente a sonoridade, mas é o seu espírito que perpassa sobre o que ouvimos nas últimas décadas.

1 – George Harrison conheceu-o em 1966, uma cumplicidade que acabou por influenciar não só álbuns dos Beatles como Revolver (1966) e Stg. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (1967), mas também a produção de George Harrison pós-Beatles.

2 – Robbie Krieger dos The Doors estudou a música de Shankar no final dos anos 1960 e isso acabou por ser incorporado indirectamente na música do grupo. Oiça-se The end, uma das canções mais conhecidas dos anos 1960, onde as escalas, os ambientes e o sentido de hipnose da música tradicional indiana são utilizadas.

3 - O saxofonista de jazz John Coltrane era um admirador confesso de Shankar. Coltrane, que morreu em 1967, nunca chegou a colaborar com ele, como era seu desejo, mas acabou por receber as suas lições. Curiosamente, um dos filhos de Coltrane chama-se Ravi e é um activo músico de jazz como o pai

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4 – Em 1990 uma das figuras maiores do minimalismo, o compositor americano Philip Glass, colaborou com Shankar no álbum Passages, aproximando a música clássica hindu da contemporânea minimal repetitiva. Um encontro com sentido.


5 – Na segunda metade dos anos 1990, a partir de Inglaterra, uma nova geração de músicos britânicos de ascendência indiana, como Talvin Singh, Nitin Sawhney, Badmarsh & Shri ou Cornershop, promoveram encontros entre a música tradicional indiana e novas linguagens electrónicas

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6 – Na década de 1990 a música de dança, em particular as correntes mais ambientais ou as mais dançantes, conotadas com a cultura trance, também acabaram por ser influenciadas pela sonoridade, espírito e imaginário da música de Ravi.




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