40 anos de Star Wars celebrados com George Lucas e Harrison Ford

O primeiro dia da convenção em torno da saga contou com George Lucas e Harrison Ford, e uma homenagem a Carrie Fisher, perante fãs de todo o mundo, reunidos em Orlando.

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Harrison Ford e George Lucas durante a convenção

Em 2017 a saga Star Wars completa 40 anos de existência e para o assinalar está a acontecer desde esta quinta-feira – até domingo – em Orlando, nos Estados Unidos, a 12ª edição da Star Wars Celebration, uma convenção com fãs de todo o mundo. No primeiro dia esperavam-se surpresas, mas não tantas. O criador da saga, George Lucas, foi uma das comparências, tendo estado também presente o actor Harrison Ford.

Antes do surgimento de Ford, Lucas falou um pouco do processo de levar por diante o primeiro filme da saga, que acabou por mudar a forma de fazer cinema em Hollywood. Não disse nada de novo, mas agradeceu de forma especial a Alan Ladd Jr., o homem da 20th Century Fox, que lutou por levar por diante a ideia de Lucas. Uma ideia que Lucas disse ter sido inspirada nas séries de aventuras que vira quando criança. “Quis fazer um filme de aventuras igual a tantos outros que vira na TV em criança”, disse.

Na alocação que fez aos fãs, muitos deles que terão visto o primeiro filme nas salas de cinema, há 40 anos, disse mesmo que o filme havia sido pensado para um público juvenil de 12 anos. “Era uma forma de lhes dizer, vão entrar no mundo adulto, provavelmente estão assustados, e isto é algo que terão de aprender”, disse, discorrendo sobre a importância da “amizade, da honestidade, da confiança, de fazer o correcto e evitar o lado sombrio da vida.” A relação com as crianças foi ainda sublinhada quando recordou que quando estava a rodar em Espanha se aproximavam dele e queriam tocar-lhe: “estavam fascinadas e aí percebi que tinha alcançado o meu objectivo, independentemente do que os mais críticos pudessem pensar.”

Os admiradores, referem os relatos, reagiram com emoção à sessão, principalmente quando o apresentador, o actor Warwick Davis, chamou ao palco Mark Hamil (Luke Skywalker), tendo sido apresentadas imagens de Hamill na audição para o papel. Mas foi quando chegou Harrison Ford que a recepção se transformou em apoteose, tendo o actor começado por brincar: “Não fez diferença nenhuma na minha vida ter entrado em Star Wars”. O actor recordou que depois de ter feito American Graffiti (1973) com George Lucas, teve de regressar ao seu trabalho como carpinteiro. Um dia estava a terminar uma porta para Francis Ford Coppola utilizar num filme, quando apareceram Lucas e Richard Dreyfuss, que lhe falaram do filme que andavam a preparar. “Pagava as minhas contas como carpinteiro e desde 1977 pago-as como actor. Obrigado, George”, resumiu Ford. “Tem sido uma bela viagem desde aí. O Lucas conseguiu criar uma brilhante mitologia que dura há 40 anos.”

Mas o maior aplauso foi para a homenagem póstuma a Carrie Fisher, primeiro através de um vídeo com imagens nunca antes vistas da actriz nos bastidores, e a seguir, por intermédio da filha, Billie Lourd, que leu um texto. A memória de Carrie, que morreu o ano passado, foi também exaltada por Lucas que disse que não havia muita gente como ela: “Ela dizia que não sabia muito bem onde Leia começava e onde Carrie terminava. Ela era a mais forte do grupo e ao mesmo tempo a mais frágil”, enquanto Ford destacou a “mulher forte, sensível, engraçada e de um intelecto muito singular.” O acontecimento terminou com o compositor John Williams a dirigir uma orquestra, para a recriação das melodias mais conhecidas da saga.

Mensagens, por vídeo, dos actores Liam Neeson e Samuel L. Jackson, ou as presenças em palco dos também actores Ian McDiamid (Imperador Palpatine), Hayden Christensen (Anakin Skywalker), Anthony Daniels (C-3P0), Peter Maheye (Chewbacca) ou Billy Dee Williams (Lando), entre outros, marcaram o primeiro dia de celebrações em torno de Star Wars.

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