O voleibol é rei na Praia da Madalena

Os campos de voleibol junto à praia e o pavilhão do Clube Atlântico fazem da Praia da Madalena uma referência na modalidade que atrai dezenas de atletas de todas as idades.

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Junto à Praia da Madalena Norte não se admire se vir atletas, de todas as idades, a encher os dois campos de voleibol ao ar livre. Porque esta praia, integrada num ambiente cosmopolita pela proximidade à área urbana, oferece boas condições para os amantes da modalidade e não só. O extenso areal, inserido numa zona rochosa e os passadiços em madeira junto à praia, são convidativos para caminhadas ou corridas à beira-mar.

Na Praia da Madalena o voleibol é rei graças ao trabalho que o Clube Atlântico da Madalena tem desenvolvido nas últimas décadas, e que reforçou a aposta na prática da modalidade há 16 anos com a criação de um recinto junto à praia que serve como complemento à prática desportiva no pavilhão durante os restantes meses do ano.

Na formação do clube estão cerca de 300 atletas não federados, com idades entre os 8 e os 18 anos, e também alguns atletas mais velhos que “começaram a jogar depois dos 40”, conta José Longo, membro da direção do Pelouro de Voleibol do Clube Atlântico da Madalena. “Nós temos alguns pais das crianças do clube que tomaram contacto com a modalidade pela primeira vez”, afirma José Longo, realçando ainda a inversão da tendência na prática da modalidade que se tem verificado com cada vez mais mulheres a praticar voleibol - 70% dos atletas do Clube da Madalena são mulheres.

A forte ligação à praia da Madalena dos fundadores do Clube, que surgiu em 1970, contribuiu para impulsionar esta modalidade na qual a Madalena se destacou e foi pioneira, ao ter participado nos torneios e campeonatos nacionais então realizados, dos quais conquistou duas finais nacionais das três em que esteve presente, à época com equipas de seis elementos.

No pavilhão ou nos campos de praia, qualquer pessoa pode praticar a modalidade sempre com a orientação de profissionais. Se quiser juntar os amigos para uma partida pode ainda alugar um dos campos junto à praia.

Benigna Fernandez Rodríguez, treinadora de voleibol do Clube Atlântico da Madalena, acredita que Portugal tem ainda muito para dar ao voleibol de praia, pelos seus grandes atletas e por uma nova geração que se está a formar de onde vão seguramente sair alguns campeões. Mas ainda faltam apoios e infraestruturas, diz.

“Em Espanha há mais apoios e, na minha opinião, Portugal devia apostar mais na modalidade. Muitas vezes, os custos de deslocação dos torneios fora do país são suportados pelos próprios atletas que nem sempre têm essa possibilidade ou não conseguem patrocínios suficientes. Faltam também mais estruturas. Não temos, por exemplo, um centro de treino coberto para que os atletas possam jogar durante o inverno”, lamenta a treinadora, natural das Astúrias e que acompanha atletas em Portugal há vários anos.

O bar da praia Vibrações, que aqui está instalado há 18 anos, é um dos patrocinadores da modalidade e apoia os atletas do clube da terra para que possam jogar fora do país. Com uma esplanada mesmo em cima da praia, este é o lugar ideal para repor as energias ou ver o por do sol. Além dos habituais snacks de praia como cachorros ou hambúrgueres, às sextas é noite da francesinha e, nas noites de sextas e sábados, há karaoke.

Basta caminhar uns metros pelo passadiço ou pelo areal para encontrar a praia vizinha da Madalena Sul, onde pode relaxar no lounge do Daikiri Bar, provar os famosos cocktails ou aproveitar as sunset parties ali mesmo em frente à praia.