Um microscópio de bolso? É possível e custa um euro

Uma equipa de investigação da Universidade de Stanford criou um microscópio com uma dose de responsabilidade social à mistura.

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Investigadores da Universidade de Stanford criaram um microscópio que pode ser adquirido por menos de um euro Foldscope

Investigadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, criaram um microscópio que pode ser adquirido por menos de um euro. A responsável pela criação do microscópio, a empresa Prakash Lab, produz algumas ferramentas científicas de baixo custo para expandir o acesso dos mais jovens à ciência. 

O custo de um instrumento de ensino e investigação não deve ser um factor limitante à aprendizagem. Com esta filosofia, uma equipa de cientistas de Stanford desenvolveu um microscópio de papel, que custa menos de um dólar, mas amplia até 2000 vezes.

O objecto cabe no bolso e está a ser experimentado em todo o mundo em localidades mais pobres. O microscópio, porém, tem um propósito maior do que a observação minuciosa. Pretende incentivar a curiosidade científica entre milhões de crianças, com especial enfoque nos alunos dos países em desenvolvimento.

A invenção do pequeno microscópio é do premiado bioengenheiro indiano Manu Prakash e do estudante de doutoramento Jim Cybulski. O Prakash Lab, um laboratório de bioengenharia, inspirou-se na técnica de origami, arte japonesa de papel dobrável, e criou uma microscópio que pesa apenas dez gramas. Apesar de ser montado pelos utilizadores em dez minutos, o Foldscope tem muita durabilidade e até pode ir à água. 

O microscópio permite detectar, sem electricidade, alguns microorganismos que causam algumas doenças. "Queria fazer a melhor ferramenta possível de diagnóstico e queria que fosse possível distribuir essa ferramenta praticamente por custo zero. O que queríamos criar era um microscópio de tirar e pôr", explica Prakash, que inventou o Foldscope com a ajuda de uma bolsa da Fundação Bill & Melinda Gates.

Depois de distribuir 50.000 microscópios em 135 países para investigação e formação, desde o Uganda até à Mongólia, passando pelo Peru, os dois engenheiros lançaram um protótipo que irão enviar para escolas entre Agosto e Dezembro deste ano.

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