Será assim tão impossível prever o futuro?

O académico Philip Tetlock vai apresentar em Lisboa um método para antever com segurança eventos à escala global.

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Num mundo marcado pela incerteza e preocupação em relação ao futuro, a capacidade para antever o que aí vem nos tempos mais próximos é talvez a competência mais desejada nos dias de hoje. Prever o futuro? Só nos filmes. É impossível, dirão muitos. Mas talvez não seja de descartar imediatamente essa possibilidade.

O canadiano Philip E. Tetlock, considerado um dos mais relevantes cientistas sociais do mundo, é professor na Universidade da Pensilvânia, nos EUA, e realizou um projecto científico onde reuniu dezenas de milhares de pessoas desafiando-as a prever eventos à escala global. Os resultados foram de tal maneira surpreendentes e positivos que Tetlock classifica estas pessoas de “supervisores”. Isto porque atingiram resultados superiores a analistas profissionais, das mais variadas aéreas, da política à economia, mesmo aqueles com acesso a fontes e informação privilegiada. O académico defende, por isso, que há algo a aprender e conclusões a retirar deste estudo.

Partindo daqui, a Fundação Francisco Manuel dos Santos traz Philip Tetlock a Portugal para uma conferência, no dia 23 deste mês na Universidade de Lisboa, onde será apresentada e discutida um método considerado seguro capaz de prever o futuro.

As conclusões serão depois debatidas numa mesa redonda que contará com a presença de Barbara Ann Mellers, João Caraça e Paulo Rodrigues, especialistas das áreas da psicologia do comportamento, da economia e da gestão de ciência e tecnologia. A discussão será moderada por Carlos Fiolhais.

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