Pontapé de saída oficial do centro europeu de investigação em Guimarães

Esta terça-feira, o centro que tem garantidos 25 milhões de euros foi apresentado publicamente.

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Paulo Pimenta

O ministro da Ciência, tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, gostaria que o novo centro europeu de investigação de excelência em medicina regenerativa e de precisão, com sede em Guimarães, se tornava “uma referência” na ligação da investigação científica à prática clínica.

Em Guimarães, na apresentação deste projecto esta terça-feira, que liga cinco universidades portuguesas e a University College de Londres, Manuel Heitor disse ainda esperar que o projecto represente “um novo laço” entre o continente europeu e o Reino Unido, servindo de “modelo” para o funcionamento de parcerias entre instituições de ambos os lados do canal da Mancha depois de consumado o “Brexit”.

“O objectivo é lançar um desafio que esperamos que se transforme numa referência, num projecto-piloto para demonstrar o que é um centro clínico, que é o papel dos investigadores a contribuírem para o reforço da qualidade de vida, mais do que fazer investigação dentro de um laboratório, num quadro institucional muito complexo, para garantir que todos os resultados da investigação chegam à prática hospitalar”, apontou Manuel Heitor.

Questionado sobre como irá funcionar aquela parceria com uma instituição inglesa depois da saída do Reino Unido da União Europeia, Manuel Heitor mostrou confiança numa boa relação. “Hoje vivemos tempos muito delicados na Europa como resultado do anúncio da saída do Reino Unido da União Europeia, que vai ter implicações na construção do orçamento europeu que ainda não se conhecem e, por isso, a criação de um centro entre instituições portuguesas e um centro do Reino Unido é muito interessante”, respondeu. “Esta ligação ao Reino Unido, que não é nova, é para durar e esperemos que este centro também possa trazer um novo laço entre a Europa continental e o Reino Unido e que mostre à Europa que vale a pena unir a Europa e criar instituições.”

O novo centro pretende centrar-se em investigação multidisciplinar que será traduzida em métodos inovadores para serem aplicados na prevenção e no tratamento de doenças músculo-esqueléticas, neuro-degenerativas e cardiovasculares, com uma abordagem personalizada para cada doente.

Resulta de uma parceria entre as universidades do Minho, Porto, Aveiro, Lisboa e Nova de Lisboa, além da University College de Londres. O nome oficial do centro é em inglês, The Discoveries Centre for Regenearative and Precision Medicine, o que, traduzindo para português, é As Descobertas – Centro para a Medicina Regenerativa e de Precisão. Irá sendo criado ao longo dos próximos sete anos e terá um financiamento de 50 milhões de euros, tendo já garantidos 25 milhões, dos quais 15 advêm da Comissão Europeia e dez milhões das comissões coordenadoras do Norte, Centro e Lisboa e Sul do Tejo.

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